Estimativa de cura para pacientes com câncer de próstata pode chegar a até 90%, dependendo do estágio da doença e do momento em que o tratamento é iniciado

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 71.730 novos casos de câncer de próstata até o fim de 2025, consolidando-se como o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Em 2023, a doença matou 17 mil homens no Brasil, uma média de quase 50 óbitos por dia. Os dados ganham ainda mais relevância com a chegada do Novembro Azul, campanha mundial de conscientização sobre a saúde do homem.

Segundo o médico urologista cooperado da Unimed Goiânia, Dr. Antônio de Moraes Júnior, a estimativa de cura para pacientes com câncer de próstata pode chegar a até 90%, dependendo do estágio da doença e do momento em que o tratamento é iniciado. Ele reforça ainda que o cenário brasileiro exige atenção redobrada. "O que mais preocupa é que grande parte dessas mortes poderia ser evitada com o diagnóstico precoce”, explica.

O principal obstáculo para a prevenção ainda é de ordem cultural. "O maior mito é o medo e o embaraço em torno do toque retal, com a ideia equivocada de que o exame 'machuca' ou diminui a masculinidade", destaca. "Esclareço aos meus pacientes que o toque é rápido, geralmente pouco desconfortável, e que sua combinação com o PSA – Antígeno Prostático Específico, que é um marcador da saúde prostática – permite identificar tumores em estágio inicial, quando as chances de cura são muito maiores, é uma prevenção que literalmente salva vidas."

Sinais de alerta que não podem ser ignorados
O urologista alerta que, embora o câncer de próstata em fase inicial seja assintomático, alguns sinais merecem atenção imediata. "Nenhum homem deve ignorar retenção urinária súbita, jato urinário fraco e progressivo, acordar várias vezes à noite para urinar, sangue na urina, dor óssea persistente ou perda de peso não explicada. Esses sintomas podem indicar doença localmente avançada ou metástase, exigindo avaliação imediata por um especialista."

Além da idade avançada, já que 75% dos casos ocorrem após os 65 anos, o médico aponta fatores pouco conhecidos pela população. "História familiar de primeiro grau, pai ou irmão, ascendência africana ou negra e variantes genéticas, como BRCA2, aumentam significativamente o risco e devem antecipar o acompanhamento. Há também associação com obesidade e sedentarismo, que podem favorecer tumores mais agressivos."

Quando começar a prevenção?
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda avaliação individualizada a partir dos 50 anos para homens sem fatores de risco, e a partir dos 45 anos para homens negros ou com histórico familiar em primeiro grau. "Após 75 anos, o rastreio é reservado a quem tem expectativa de vida superior a 10 anos, sempre em decisão compartilhada entre médico e paciente", esclarece o especialista.

Para quem tem receio dos exames tradicionais, o urologista traz boas notícias. "O PSA continua central no diagnóstico, mas a ressonância magnética multiparamétrica e as biópsias transperineais guiadas por fusão de imagens aumentaram a detecção de tumores clinicamente significativos. Essas técnicas são alternativas ou complementos que muitas vezes dispensam a biópsia tradicional e tornam a investigação menos invasiva."

"Se eu pudesse dar um único conselho para os homens que estão adiando a ida ao urologista, seria: marque a consulta. O exame pode ser desconfortável por alguns segundos, mas lembre-se: no início, a doença não produz sintomas. Adiar a avaliação custa a oportunidade de cura", finaliza.

Sobre a Unimed Goiânia
A Unimed Goiânia integra o Sistema Nacional Unimed e atua com princípios cooperativistas no setor de Saúde Suplementar. Conta com uma ampla rede credenciada, composta por mais de 450 estabelecimentos, entre hospitais, clínicas e laboratórios, além de oferecer serviços próprios como o SOS Unimed (UTI móvel, aéreo e terrestre) e programas de atenção integral à saúde, responsáveis pela assistência a mais de 400 mil beneficiários em Goiânia, na região metropolitana e em outros 69 municípios circunvizinhos. A cooperativa oferece planos de saúde individuais ou familiares para pessoas físicas, além de planos empresariais e coletivos por adesão para pessoas jurídicas, com cobertura definida pela lista de Procedimentos e Eventos em Saúde estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Também disponibiliza produtos opcionais, como SOS – UTI móvel, aéreo e terrestre – e Proteção no Trabalho. Presente há mais de 47 anos no mercado, a cooperativa segue investindo em inovação e qualidade assistencial, reforçando seu compromisso de cuidar da vida e da saúde dos goianos.