Ainda refém dos impactos causados pela pandemia da Covid-19, nas últimas semanas o Varejo brasileiro teve, ao menos, dois bons prognósticos para celebrar. O primeiro referente ao aumento de 3,2 para 3,8% da previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). E o segundo, ao crescimento de 1,8% do segmento na comparação com o mês de março, divulgado na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Porém, apesar desse ligeiro reaquecimento do setor, a alta da inflação – que em maio chegou a 8,06% no acumulado de 12 meses – e o ritmo lento da vacinação contra o novo coronavírus no País seguem como alguns dos grandes desafios com os quais os varejistas certamente continuarão precisando lidar.
O varejo online continua em expansão. De acordo com pesquisa realizada pela Neotrust, somente no primeiro trimestre deste ano as compras online já registraram um aumento de 57,4% em comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, houve grande avanço dos marketplaces, responsáveis por quase 80% do faturamento do e-commerce no Brasil em 2020 de acordo com recentes pesquisas de mercado.

O cenário acelerou a transformação digital do setor varejista, que precisou investir em ferramentas tecnológicas, estratégias de venda omnichannel e automatização de processos, otimizando operações e melhorando o atendimento ao cliente.
Confira abaixo as principais soluções tecnológicas que vêm ganhando espaço e garantindo resultados satisfatórios no processo de recuperação econômica do setor.

Varejo Data-Driven
Hoje, mais do que nunca, ninguém duvida que uma gestão orientada por dados vem se consolidando como um diferencial competitivo no mercado, fundamental para basear decisões mais assertivas e desenvolver ações sob medida para as necessidades do consumidor da era digital. E como? Utilizando a Inteligência Artificial para a coleta e análise de dados, os quais incluem perfil, linguagem, comportamento, expectativas e plataformas mais utilizadas por seus consumidores. “O investimento em soluções tecnológicas tem se mostrado mais do que uma tendência no setor varejista, mas uma necessidade. A tecnologia permite traçar um perfil minucioso do consumidor, adequando assim as ofertas e experiências mais convenientes para cada um, otimizando processos e potencializando vendas”, explica Rafael Vargas, líder de negócios para Varejo na Softtek Brasil, empresa global de serviços de TI, considerada uma das maiores no setor com origem na América Latina.

Gerenciamento inteligente
Outro exemplo são as soluções para o gerenciamento inteligente da cadeia de suprimentos ou até mesmo da operação comercial, que automatizam e aprimoram processos como logística e estoque de mercadorias, precificação dinâmica, informação em tempo real, atualização de etiquetas eletrônicas, opções disponíveis de pagamento e muito mais.
Pensadas para promover mais do que uma venda, uma verdadeira experiência, as tecnologias atreladas ao conceito de Shopping Experience garantem uma jornada de compra ágil, eficiente e, claro, sem riscos.
Lembrando que para isso, além do varejo propriamente dito, as lojas deverão se tornar fulfillment centers (em português, centros de distribuição) estrategicamente localizados – conforme os resultados obtidos por meio da análise Data-Drive – e geridos por uma operação digitalizada também se torna essencial para aprimorar a cadeia de suprimentos, reduzindo custos, otimizando tempo e garantindo agilidade na entrega ao consumidor final.

Comunicação Omnichannel
Dentro desse contexto, a comunicação também é mais um ponto essencial. Afinal, dispor de atendimento em diferentes plataformas (como sites, aplicativos, central telefônica, entre outras), além de oferecer ao consumidor o poder de escolha, propicia aos varejistas otimizar a comunicação por meio do uso de bots inteligentes, que fazem o primeiro contato de modo automatizado e, em muitos casos, até resolutivo. Ou seja, sem necessidade de transbordar a comunicação para um atendente humano. Mas isso sem deixar a humanização de lado.
“O principal objetivo de mapear tendências e investir em tecnologias de alto nível de eficiência é simplificar o trabalho diário das empresas para que elas foquem seus esforços em cuidar bem de seus clientes. Ao implantar um sistema de gestão que automatize tarefas, colete dados de maneira segura e analise o comportamento de seus clientes, fiéis e em potencial, os varejistas conseguem criar plataformas digitais inteligentes e experiências satisfatórias, agregando um novo valor aos negócios para assim, finalmente, passarmos logo por essa fase tão difícil e nos posicionamos, definitivamente, em um outro patamar” conclui Rafael.