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Como a inteligência artificial pode democratizar o mundo dos investimentos
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* Ivan Brum é Diretor de Data & Analytics na everis.

No ano passado cerca de 2 milhões de pessoas começaram a investir na bolsa de valores. O número foi comemorado. Com razão. Não faz muito tempo que o número de investidores não chegava a 500 mil. Hoje, são cerca de 3,5 milhões de CPFs cadastrados na B3, a bolsa brasileira. Mas deixando a curva de crescimento de lado e comparando o total de investidores com a população – pouco mais de 200 milhões de pessoas –, fica mais difícil concordar com a ideia de “democratização da bolsa”.

A despeito de todos os esforços para aumentar a educação financeira feitos principalmente por agentes do mercado, o acesso a investimentos mais sofisticados ainda é algo para uma elite. Não uma elite financeira. Pelo contrário. Uma pesquisa recente feita pela B3 com 1.371 pessoas que começaram a investir entre abril de 2019 e abril de 2020 mostrou que eles são jovens (idade média de 32 anos) com salários na faixa dos R$ 5 mil (54%) e que aportaram R$ 660 no primeiro investimento. Mas são jovens com disposição para buscar conhecimento pela internet e, principalmente, via influenciadores digitais, que oferecem cursos de capacitação.

Se inscrever num curso online de “valuation”, “swing trade” ou “opções” está longe de ser um caminho para a grande maioria das pessoas que ainda não investem em instrumentos financeiros mais sofisticados do que a poupança. E é difícil comprar a ideia de que a democratização do mercado irá passar por uma nação de “traders”.

As pessoas precisam ter acesso de forma mais simples às informações que orientem sua jornada de investimentos. Qual a forma mais eficiente e barata para os bancos e corretoras ofertarem aconselhamento personalizado aos novos entrantes?

Usando inteligência artificial.

O atendimento personalizado envolvendo um gerente de banco ou agente autônomo é caro e geralmente restrito a pessoas com alta renda. Ainda não foi criado um modelo de negócios que democratizasse esse aconselhamento. A inteligência artificial é a melhor ferramenta para isso.

Como funcionaria?

De um modo muito parecido à forma como a Amazon, ou qualquer outro e-commerce, sugere produtos similares a partir da pesquisa feita por uma pessoa. Redes sociais também direcionam anúncios pela afinidade e similaridade. Ambos empregam mecanismos que reconhecem os interesses de quem está navegando em seus sites e ajustam automaticamente a priorização do conteúdo a ser exibido.

A partir das pesquisas feitas por um investidor, a inteligência artificial do banco ou corretora entende o perfil dele, as dúvidas, o nível de conhecimento. A partir daí, pode não apenas sugerir classes de investimentos, mas estar capacitada para responder às dúvidas que surgirem ao longo do processo.

Não se trata de uma mera sugestão de uma carteira de investimentos ou por classe de ativos – algo que muitos bancos e corretoras já fazem – com base no perfil do investidor (suitability) ou nos investimentos que ele já possui. A inteligência artificial pode ter um papel muito parecido com o de um agente autônomo ou gerente ao tirar dúvidas reais.

Uma situação concreta: uma pessoa quer investir em um fundo de investimento. Ao acessar o aplicativo da corretora terá algumas centenas de opções. Há filtros para limitar a escolha, mas o mero uso deles já pressupõe algum conhecimento. Como escolher o que mais se adequa ao perfil? Não custa reforçar: mesmo entre um fundo de uma mesma categoria, como um fundo de renda fixa atrelado à inflação, pode oferecer opções demais. Para um leigo, o excesso de informação pode ser tão (in)útil quanto a falta de informações.

A inteligência artificial pode guiar essa pessoa usando uma linguagem adequada ao nível de conhecimento dela, respondendo questões específicas. É possível até passar informações sobre o gestor do fundo – algo fundamental já que as pessoas preferem investir em algo que elas conhecem e confiam.

Uma forma um pouco mais sofisticada de uso da IA par auxiliar os investidores está na curadoria de informações relevantes para uma pessoa interessada ou que já investe em determinado ativo. É o caso, por exemplo, de uma pessoa que investe em índices de dólar ou fundos cambiais. Essa pessoa pode se interessar por notícias que afetem a moeda americana, estudos como o Boletim Focus, feito pelo Banco Central, que mostra a expectativa de analistas sobre indicadores macroeconômicos, entre eles o dólar.

De novo: investidores experientes conseguem acessar essas notícias por conta própria. Detentores de ações de petroleiras, por exemplo, acompanham informações sobre o preço do barril de petróleo, estoque de petróleo nos Estados Unidos, entre outros dados que mexem com o preço das empresas do setor. Mas eles são a elite. O grande público precisa ter informações mais “mastigadas”.

Do lado dos investidores profissionais, modelos de IA estão sendo empregados para a seleção de ativos para compor fundos de investimentos, os chamados fundos quantitativos ou “quants”. Também existem ofertas de robôs para operar pelos investidores individuais que atuam como “traders”. Algoritmos e inteligência artificial se fazem cada dia mais presente no mercado
financeiro assim como vemos nos demais setores da economia.

Para vermos uma democratização real no mercado financeiro, a IA pode ser uma ótima aliada.

Editorias: Ciência e Tecnologia  Informática  Internet  Negócios  Serviços  
Tipo: Artigo  Data Publicação:
Fonte do release
Empresa: Gabriel Chilio Jordão  
Contato: Gabriel Chilio Jordão  
Telefone: --

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