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João Augusto Betenheuser - CFO da Celero |
Empresas de pequeno porte recebem em cascata os efeitos do alto preço dos insumos
Os constantes aumentos nos preços dos combustíveis afetam o bolso dos brasileiros não apenas na hora de abastecer: eles atingem toda a cadeia produtiva do País, impactando a economia e trazendo reflexos que vão desde o aumento da inflação até a falência de empresas que não conseguem lidar com os altos custos de manutenção do negócio.
E são os micros, pequenos e médios empreendedores que mais sofrem com esse cenário: uma pesquisa do Sebrae mostra que gastos com combustíveis, insumos e mercadorias são os que mais impactam o funcionamento dos negócios de 63% dos microempreendedores individuais (MEIs) e de 61% das pequenas e microempresas.
Segundo João Augusto Betenheuser, CFO da fintech Celero, a alta no valor dos combustíveis gera um efeito cascata que afeta cada componente do setor produtivo. “Preço alto de combustível aumenta o valor do frete, encarecendo o transporte de produtos e insumos, o que gera, por um lado, redução na margem de lucro de produtores e comerciantes, e, por outro lado, uma consequente elevação do preço final de venda, que deve ser avaliada para não representar a fuga de clientes e reduzir o nível de negócios”, explica o também especialista em gestão financeira para PMEs.
Com o setor de serviços não é diferente: “Custos de deslocamento e mesmo os preços de peças, equipamentos e ferramentas de trabalho produzem os mesmos efeitos que no comércio. Por isso, é necessário que o empreendedor – principalmente o de pequeno porte, que geralmente não tem uma reserva para cobrir situações de dificuldade – tenha a capacidade de realizar um bom planejamento financeiro para, até mesmo, manter vivo o seu negócio”, explica João Augusto.
Organização e planejamento são essenciais para a sobrevivência dessas empresas, responsáveis por grande percentual de geração de renda no País e por parcela de peso na economia nacional – o próprio Sebrae contabiliza que 27% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tem origem nas MEIs. Outra pesquisa da instituição revela que 29% das MEIs encerram suas atividades em menos de cinco anos (microempresas, 21,6%, e empresas de pequeno porte, 17%). Isso, muitas vezes, é reflexo da falta de capacidade de gestão e de avaliação sobre a saúde financeira do negócio.
“Adotar uma estratégia de gestão é crucial para o sucesso da empresa. E a tecnologia oferece soluções para facilitar essa administração, realizada apenas por uma pequena parcela dos pequenos empresários. Esse acompanhamento permite saber como anda o negócio. Realizar balanços, fazer fechamentos, analisar dados, estudar o fluxo de caixa, tudo isso ajuda a entender a saúde da empresa e avaliar se ela está gerando lucro ou prejuízo”, avalia o executivo da Celero.
A fintech Celero oferece uma ferramenta de gestão que descomplica a rotina do setor financeiro de pequenas e médias empresas, oferecendo condições para que a administração do negócio seja facilitada sem que sejam alterados os hábitos diários da empresa, como a emissão de cobranças, consulta de saldos e a realização de pagamentos. Tudo isso a partir da automatização de processos operacionais e rotinas financeiras utilizando os dados do internet banking da empresa, aproveitando as possibilidades que o open finance oferece.
Para as empresas que já utilizam ferramentas de gestão como a oferecida pela fintech, resta prospectar chances de crescimento da empresa e expansão das atividades. “Uma gestão eficiente e facilitada permite que o empresário se dedique àquilo que ele domina de fato, tendo subsídios para tomar decisões com bases sólidas e apoiadas em dados e que lhe permitam pensar em crescer – e não somente em “apagar incêndios” e resolver situações como a alta dos combustíveis e outros problemas inesperados”, conclui João Augusto.
Sobre a Celero
A Celero é uma empresa que ajuda pequenos e médios empreendedores a descomplicar a rotina do setor financeiro empresarial através de um software para gestão financeira fácil de usar. Sediada em Curitiba, é um dos expoentes do open finance, a evolução do open banking, sendo referência a pequenas e médias empresas com soluções que promovem integração e rapidez aos processos de gestão financeira.