Dezembro de 2021 – Desde outubro último, a JETRO São Paulo (http://www.jetro.go.jp), organização de fomento de comércio exterior do governo japonês, está trabalhando em uma ampla pesquisa sobre pirataria em 13 países da América Latina. O objetivo é esclarecer o sistema e a situação operacional das contramedidas de produtos falsificados na região. O mesmo levantamento, por meio de outros escritórios regionais da JETRO, é desenvolvido em outras localidades, como Ásia, Índia e África.

Essa pesquisa global, cujos resultados serão divulgados até março de 2022, com o fim do ano fiscal japonês, faz parte de trabalho antipirataria que o Japão pretende promover posteriormente em algumas regiões estratégicas. “Com base nos dados apurados, planejamos prosseguir com pesquisas detalhadas com foco nos países-alvo, trabalhando com o governo e cooperando com organizações relacionadas de combate à pirataria a partir do próximo ano”, argumenta Kenji Kainuma, gestor do projeto na JETRO São Paulo.

A partir da pesquisa, uma das estratégias da JETRO é realizar seminários para melhorar a capacidade da alfândega e da polícia brasileira de determinar produtos falsificados. “Isso já envolveria a participação de empresas japonesas, inclusive para orientá-las a identificar e diferenciar produtos pirateados dos originais”, afirma Kainuma. As companhias nipônicas na América Latina não necessariamente participam de maneira direta da pesquisa.

O Brasil perdeu, só em 2020, cerca de R$ 287 bilhões para o mercado ilegal, segundo um levantamento do Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP). O valor é a soma das perdas registradas por 15 setores industriais e a estimativa dos impostos que deixaram de ser arrecadados. Entre os produtos mais pirateados estão roupas, perfumes e remédios.

O Brasil, como aponta o FNCP, está entre os três países que mais sofrem no mundo com a presença de produtos contrabandeados no mercado, ficando atrás apenas da China e da Rússia. Enquanto o mercado ilegal representa 2% do PIB da América Latina, no Brasil esse percentual sobe para 3,9%.
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SOBRE A JETRO SÃO PAULO (http://www.jetro.go.jp/brazil) 
A Japan External Trade Organization (Jetro) atua no Brasil há mais de 60 anos no fomento de comércio e investimentos entre empresas dos dois países e na atração de investimentos brasileiros para o Japão, além do aprimoramento do ambiente de negócios. Estabelecida em 1958 em Tóquio, conta com 46 escritórios domésticos e 73 no exterior, em 54 países. No Brasil, só mantém escritório na capital paulista.
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