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Muito se fala em Inteligência Artificial (ou IA) nos dias atuais, mas nem todas as pessoas fora do mundo da tecnologia a compreendem. O ponto de início dessa compreensão precisa fixar-se no entendimento de que a inteligência artificial é uma transformação – não uma evolução tecnológica – que permite que sistemas simulem uma inteligência similar à humana, para assegurar a tomada de decisão, mas que é baseada nos padrões de comportamento alocados em grandes bancos de dados.

Toda tecnologia que surge é capaz de transformar a sociedade como um todo, um setor, uma empresa, e assim por diante. No caso da IA, a tecnologia tem capacidade de aprendizagem, na qual as pessoas tomam decisões em suas experiências e a inteligência artificial toma decisões baseadas nos dados que ela armazena. Temos exemplos clássicos de transformação: UBER, WAZE, aplicativos para pedir comida, redes sociais (Facebook, Instagram, TikTok, etc), streamings de música ou filmes e séries, drones, 5G, entre outros. Portanto, podemos dizer que a IA não substitui o ser humano, mas sim trabalhos e funções repetitivas.

“Já parou para analisar que quanto mais você usa, mais anúncios parecidos com o que você acabou de se conectar surgem? Tem aplicativo de música que, inclusive, monta uma playlist de acordo com as canções mais acessadas na semana. Os apps de streaming oferecem sugestões que podem ser de seu interesse a partir do que já foi visto, a fim de que você não perca tempo escolhendo, caso ainda não tenha definido o que quer ver”, comenta o especialista em TI, Adriano Valenncia, que acentua o auxílio da IA na capacidade do ser humano entender a realidade e tomar decisões melhores a partir dos dados compilados, que podem ser de conhecimento específicos ou métodos estatísticos.

Conceitualmente, o conhecimento específico é baseado em uma experiência pessoal, na qual você tem uma informação e consegue transformá-la em algo útil. Por exemplo, a partir de um dado de temperatura baixa e tempo está nublado, você pode subentender que está frio e que pode chover. Com essa informalção você pode decidir por levar consigo um casaco e um guarda-chuva. Já nos métodos estatísticos, a partir dos dados armazenados de um determinado conhecimento e, conjuntamente com a informação e os métodos, é possível decidir algo ou executar uma ação.

Entre altos e baixos, os benefícios dessa tecnologia permeiam pelo aumento da automação, redução de custos operacionais e maior comodidade para o usuário. Aplicativos de geolocalização concentram os dados das ruas e o fluxo de carros nas vias de acordo com a usabilidade de seus usuários. A partir disso, a inteligência artificial calcula e prediz a melhor rota com uma estimativa de tempo de chegada até o destino. Tal tecnologia alcança outros setores, como o imobiliário. “Na corretagem de imóveis, a IA dispõe de dados básicos, como quantidade de cômodos, garagem, proximidade aos transportes públicos, etc., mas também amplia sua análise do comportamento humano para identificar a taxa de criminalidade e a probabilidade de crescimento da região, por exemplo. Um comportamento humano atual diz respeito aos jovens, que demonstram mais interesse por TV e Netflix do que por carros. A partir disso, e da análise deste comportamento, a IA permite concluir que a substituição de uma garagem por uma sala de cinema agrega mais valor à residência para aquele público-alvo. Munido desta informação, o proprietário pode fechar uma locação ou venda de forma mais rápida nos apps imobiliários”, pontua Valenncia.

Sobre Adriano Valenncia: Especialista em TI, atua na área há 20 anos - nos últimos dez como consultor na implementação de projetos, gestão de contratos e times de tecnologia. Em 2020 iniciou no atendimento em marketing digital voltado para pequenas empresas, oferecendo social media, criação de sites e estratégias digitais para colocá-los na rede. Este ano o serviço ganhou formato de mentoria, onde os profissionais podem trabalhar também a evolução e a busca por resultados.