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A pandemia causada pelo novo coronavírus trouxe aos brasileiros uma nova percepção de rotina de trabalho. O longo período de combate a Covid-19 reforçou a necessidade das medidas de prevenção, além de ampliar pequenos atos de higiene pessoal. Desta forma, os trabalhadores se encontram diante de uma situação onde é de suma importância, tanto manter o vínculo empregatício, quanto garantir a não contaminação pela doença.
Mediante a 2ª onda da pandemia, a professora do curso de Direito da Estácio Goiás, Eva Cristina Santos, reforça que todos devem observar as medidas estabelecidas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e por órgãos da saúde no que se refere aos cuidados de prevenção básicos no ambiente de trabalho. “Entre os parâmetros recomendados há a retomada gradual de atividades, quando a pandemia permitir, isto é, estiver em momentos de menor pico de mortes e menor lotação de hospitais, a busca por compreender quais setores devem voltar e quais não, reforçando que o distanciamento social deve ser mantido e os trabalhadores que puderem continuar em teletrabalho, devem fazê-lo. É preciso ainda ficar vigilante quanto à piora da pandemia, nos picos de piora, será preciso voltar atrás na abertura gradual das atividades”, frisa a profissional.
Para o retorno gradual efetivo das atividades, é de suma importância a elaboração e aplicação de diretrizes estratégicas, as quais visam a qualidade de vida e segurança do empregador e empregado. “O ambiente laboral físico deve se adequar para promover a biossegurança, com limpeza especializada para esses tipos de infecções, proporcionar locais mais arejados com possibilidade de troca de ar, oferecer álcool em gel, além de determinar a utilização obrigatória de máscaras. A busca por intercambiar horários também deve ser uma alternativa a fim de evitar aglomerações na empresa”, reforça Eva.
Diante dos registros da doença no Brasil e em Goiás, é primordial manter a atenção aos casos da doença, desta forma, não afrouxando os critérios de segurança e prevenção. “Estamos passando pela chamada 2ª onda da Covid-19, com um vírus que sofreu mutações, agora ele tem maior virulência, o que significa que contagia mais facilmente e tem um impacto mais danoso no corpo onde se instala, quando comparado ao que ocorria na 1ª onda. Em relação às medidas trabalhistas, embora não tenhamos uma medida provisória para 2021, como ocorreu com 2020, temos um vislumbre de quais devem ser as medidas a serem seguidas, além disso, no que tange ao tema da suspensão ou redução salarial, na falta de um programa do governo, sem o benefício do governo federal, a saída, nesse começo de ano, para as empresas, é chamar o sindicato e fazer um acordo coletivo”, complementa a professora da Estácio.
Neste contexto deve existir o diálogo e boa-fé entre empregador e trabalhador, de forma que não interfira no resultado final dos trabalhos. “A sociedade civil, além disso, tem organizado medidas alternativas. Esse é um momento para buscar seus grupos de referência e exercitar o suporte mútuo”, diz Eva Cristina Santos.
Atenção no ambiente de trabalho
Em qualquer local é de extrema importância que medidas de proteção sejam garantidas e respeitadas. Assim, assegurar o uso correto de equipamentos de proteção individual; a higienização correta, seja ela a base de água e sabão ou álcool; além de evitar a aglomeração de pessoas no mesmo espaço, é preciso focar, ainda, no loteamento das salas e espaços da empresa, devem respeitar a legislação vigente e os novos percentuais estipulados pelas autoridades sanitárias em função da pandemia.