Divulgação

Setembro chegou trazendo mais de 170 dias de isolamento e distanciamento social, um marco que está afetando cada vez mais a saúde mental da população mundial. O mês é conhecido pela campanha de cor amarela, de combate ao suicídio, que, segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo. Sendo que em 2020, a possibilidade aumentou de 4,2% para 8% por pessoa.

Para Elisa Alves, professora de psicologia da Estácio Goiás, este período de pandemia está trazendo à tona muitas emoções e sentimentos, que podem ser interpretados de forma negativa. “A vivência de uma pandemia juntamente com o isolamento social aumenta sensações de medo, raiva, confusão, estresse agudo, pânico e ansiedade, o que gera indicadores de risco, crescendo casos de depressão e outras doenças emocionais e mentais”, alerta a profissional.

A psicóloga explica sobre a importância de programar uma rotina ou um cronograma de atividades neste período. “É fundamental nesse momento alimentar as práticas que auxiliem à saúde mental. Por isso, é importante estabelecer uma rotina saudável e com equilíbrio entre atividades que tragam prazer, satisfação e conexão social. Buscando sempre uma realização pessoal para o indivíduo, seguindo um dia de cada vez”, orienta a professora.

Elisa indica os acompanhamentos online neste momento, tanto para quem está em isolamento como para quem não pode ficar dentro de casa. “Existem serviços estratégicos de atenção psicossocial como forma de reduzir o estresse e sofrimento intenso. A maioria desses serviços, que oferecem suporte psicológico, já estão atendendo de forma remota e até gratuitas”, comenta.

A Estácio Goiás volta a oferecer, neste mês de setembro, os atendimentos gratuitos do Serviço de Psicologia Aplicada (SPA), que passarão a ocorrer de forma online. As inscrições devem ser realizadas no número (62) 3601-4934 e o horário será agendado de acordo com a disponibilidade do paciente e do profissional.

Origem da Campanha Setembro Amarelo

A data internacional foi escolhida no início dos anos 2000 pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) em colaboração com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mas a campanha existe desde 1994. A história por trás da cor amarela é a da morte de um jovem americano de 17 anos que tirou a própria vida dentro do seu carro, um Mustang amarelo, depois do término de um relacionamento ter o levado à depressão.

Para a professora de psicologia da Estácio Goiás, Elisa Alves, a importância da campanha está, antes de tudo, na necessidade de se tocar no assunto de forma clara e aberta. “Setembro Amarelo é importante para que possamos conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção ao suicídio, já que este ainda é um tema tabu. A população pode e deve ter acesso às informações de forma objetiva para saber identificar e ajudar uma pessoa em risco de suicídio”, finaliza.