Em conferência educacional promovida pela D2L, profissionais discutem a diferença do EAD que era ofertado antes da pandemia, para o EAD atual
Durante o evento D2L Fusion Brasil, promovido pela D2L, um dos debates ficou por conta do painel de nome “Universidade do Futuro” e contou com a mediação de Rodrigo Capelato, Diretor Executivo do SEMESP, e as especialistas Juliana Scarpa, CEO da FRST, Karen Sasaki, Gerente Acadêmica de EAD da Universidade Tiradentes, e Rebecca Seoane, Superintendente de Especialização na Fundação Getúlio Vargas.
Rodrigo Capelato iniciou a conversa afirmando que antes da pandemia o ensino superior era bem separado, ou quase 100% presencial ou quase 100% EAD, e levantou a questão de qual a diferença do ensino à distância que era ofertado antes da pandemia para o que é ofertado atualmente.
Para Rebecca Seoane, com a pandemia, as universidades brasileiras puderam ter a liberdade de testar elementos. “Em duas semanas replanejamos o ano inteiro e milhares de alunos e professores passaram a atuar com o EAD. O fato é que agora temos uma grande massa que desenvolveram nesse período habilidades com as novas ferramentas e metodologias, e no pós pandemia será complicado separar presencial do EAD e vice-versa. Vamos ter que ter a flexibilidade de transitar nesses dois espaços. Ainda existe muito preconceito com essa modalidade, mas o fato é que agora temos uma entrada e um espaço muito maior e sabemos como essas metodologias devem funcionar”.
Karen Sasaki afirma que as universidades têm hoje em dia um novo perfil de professor, que não é o professor que “fomos” ou o que “aprendemos”. “É um professor que é engenheiro de conhecimento, arquiteto de experiência, design de cenários e que usa a tecnologia ao favor. É um outro papel de professor, que está exigindo do aluno uma nova postura em sala de aula”.
A especialista Juliana Scarpa afirma que a pandemia nos trouxe um problema e nos deu a oportunidade de resolver esse problema. “Nesse momento, descobrimos a tecnologia como viabilizadora de um outro ensino, focado nas competências e nas profissões do futuro. O movimento da tecnologia nos trouxe tantas possibilidades e no final do dia o que ela exige de todos nós são novas competências. Precisamos nos preocupar em desenvolver nos nossos alunos a capacidade de lidar com o desconhecido. Isso não vai mudar, isso só vai acelerar. O desafio é como preparar jovens e adultos para resolver problemas. A tecnologia que nos trouxe esse desafio, ela também está preparada para resolver esse desafio. A tecnologia vai nos levar a um modelo de ensino completamente diferente do que temos hoje, afinal podemos aprender no mesmo ambiente em que produzimos. O ensino remoto nos dá essa possibilidade”.
Scarpa complementa que soluções de problemas na prática, rede de colaboração e conteúdo aplicado são os pilares para desenvolver competências e a tecnologia nos dá hoje ferramentas que o presencial não dá.
Rodrigo Capelato explanou se a universidade que temos hoje vai acabar e as especialistas foram unanimes em dizer que não. “Existe uma infraestrutura no nosso país que ainda não dá conta de certas coisas. Espaços digitais ainda não são acessados por muita gente. E também precisamos de uma legislação flexível e que tenha um olhar muito cuidadoso para que tenhamos esse trânsito de espaço de modalidades. Entendo que com o que vivemos esse ano estamos muito mais acelerados para percorrer esse caminho. A pandemia movimentou e acelerou o processo EAD, porém não podemos reduzir uma universidade apenas em conteúdo, professor e aluno em sala de aula. Temos processos de socialização envolvidos, temos os serviços agregados, ações de responsabilidade social, comunidade, aulas práticas. A Universidade não deixará de existir, mas será remodelada”, finaliza Karen Sasaki.
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