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Relações pessoais como prevenção ao adoecimento mental
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*Kelly Pereira Robis-psiquiatra e professora de Medicina na UFMG e PUC/Minas

O ser humano tende a buscar prazer em todas as suas vivências. No entanto, momentos ruins fazem parte da vida e precisam ser vividos. Vivências negativas não são totalmente deletérias: pessoas que estão passando por momentos de estresse, tendem a ajudar mais os outros e valorizam muito mais as relações interpessoais. Essas relações sociais podem contribuir para a prevenção do adoecimento mental, podendo fazer parte de um mecanismo chamado resiliência.

A família é, sob uma perspectiva antropológica, um grupo social concreto onde se estabelece a reciprocidade e a complementaridade que certamente podem ser um mecanismo de proteção em termos de saúde mental, em tempos de estresse e de isolamento.
Considerando o contexto atual de pandemia, essa relação que é tão importante para o ser humano pode ser fragilizada pela mudança abrupta da rotina e por reações emocionais inerentes ao momento. Dessa forma, a qualidade dos relacionamentos precisa ser valorizada. Problemas individuais devem ser levados em consideração, uma vez que respostas afetivas como a ansiedade e o medo podem nos tornar mais irritáveis e impulsivos.
Como consequência, podemos imputar ao outro o resultado de uma vivência pessoal, ao sermos hostis e agressivos. Claramente, essa emoção precisa ser \"colocada para fora\" mas, não de forma violenta: dividir o sofrimento e as preocupações por meio do diálogo é consideravelmente mais efetivo e saudável do que uma comunicação agressiva.
Todavia, o estado emocional do outro também precisa ser levado em consideração, por isso a leitura do ambiente é fundamental. Sinais de estresse podem ser expressos pela pessoa com quem dividimos o convívio como alterações de sono, apetite, irritabilidade e tristeza. A abordagem não empática desse sofrimento pode desgastar ainda mais as relações interpessoais, justamente no momento em que mais precisamos delas. Oferecer ajuda com diálogo aberto e uma visão menos estigmatizada do sofrimento mental, pode ser um grande passo para uma relação saudável.

Em virtude dos fatos mencionados, entende-se que a relação familiar é um elemento importante em tempos de pandemia todavia, estratégias de cuidado e leitura emocional do outro e de si mesmo podem determinar a qualidade e a força dessa relação como um aspecto estrutural da saúde mental. Afinal, saúde mental pode começar pelo olhar acolhedor daqueles que tanto amamos.

Editorias: Saúde  
Tipo: Artigo  Data Publicação:
Fonte do release
Empresa: Comunicação e Assessoria de Imprensa  
Contato: Cristiane Fabíola Miranda Malheiros  
Telefone: 31-3411-1547-

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