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Salloma Salomão (foto de Ali Ghandtschi) |
No dia 4 de maio, sábado, a partir das 9h30, a N’Kinpa - Núcleo de Culturas Negras e Periféricas - em parceria com a S.R.B.E.E.S. Lavapés Pirata Negro - promove um encontro com doutor em história Salloma Salomão, dialogando com pais, mães, professores/as, funcionários/as, educadores/as e cuidadores/as sobre a importância do ensino das histórias e saberes das culturas africanas, afrodiaspóricas e originárias nos espaços escolares e culturais.
As escolas públicas envolvidas na ação são a EMEF Ana Maria Alves Benetti e a EMEI Cruz e Souza (zona sul da cidade). O encontro será aberto à toda a comunidade e ao público interessado.
O evento tem início com um café da manhã para os presentes, seguido pela Chegança Artística da Coletiva N’Kinpa, uma performance poética, um instante encantatório que aguça os sentidos para evidenciar a representatividade negra e indígena. Na sequência, ocorre a roda de conversa com o palestrante convidado e discotecagem com o DJ Suissac.
Esse é o primeiro de quatro encontros com a comunidade, que acontecerá durante o ano de 2024, sob coordenação da N’Kinpa, integrando as ações do projeto TERREIROS NÔMADES: Macamba Faz Mandinga - Saberes Afrodiaspóricos nas Corporeidades da Cena, contemplado pela 41ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo. O projeto visa valorizar as culturas africanas, afrodiaspóricas e originárias colaborando para a aplicação efetiva, por meio da linguagem artístico-pedagógica, das Leis Federais nº 10.639/03 e nº 11.645/08, que estabelecem a obrigatoriedade do ensino das histórias, saberes e culturas africanas, afro-brasileiras e originárias nos currículos do ensino fundamental e médio. As duas escolas envolvidas no projeto são instituições onde essas leis são aplicadas levando a educação antirracista para além do material didático.
Segundo Joice Jane Teixeira, idealizadora e proponente do projeto Terreiros Nômades e coordenadora da coletiva N’kinpa, “a escolha da EMEF Ana Maria Alves Benetti e da EMEI Cruz e Sousa, além de serem escolas cujos projetos políticos-pedagógicos se pautam na implementação das referidas Leis, deve-se ao fato de se localizarem no bairro do Jabaquara, na região sul da cidade, um dos territórios de grande relevância histórica para o povo negro”. E completa: “buscamos com ações, conteúdos e vivências estabelecer, além de um diálogo com crianças, jovens e adultos alargando o acesso às artes, devolver o que lhes foi negado, ou seja, as histórias e os saberes de povos que, por conta do racismo estrutural histórico, foram e ainda são invisibilizados. Acreditamos que a partir disso ampliaremos as reflexões políticas, culturais e sociais/econômicas, além de fomentar e formar um público ativo na luta pelos os direitos, propositivo e participativo da vida de sua comunidade”.
A S.R.B.E.E.S. - Sociedade Recreativa Beneficente Esportiva e Escola de Samba Lavapés Pirata Negro é a mais antiga escola de samba da cidade de São Paulo, ainda em atividade. Fundada em 1937, tem como cores oficiais o vermelho e o branco e o ator Ailton Graça é o atual presidente.
Salloma Salomão - doutor em História pela PUC-SP (2005), desde a juventude combina atividade artístico-criativa com práticas de pesquisa acadêmica e formas educativas de intervenção sócio-política antirracista. É também compositor, educador, ator e dramaturgo ‘autoformado e socialmente construído’.
Encontro: Terreiros Nômades com as Comunidades
Participantes: EMEF Ana Maria Benetti, EMEI Cruz e Souza e S.R.B.E.E.S. Lavapés Pirata Negro.
Data: 4 de maio. Sábado, às 9h30
9h30 - Café da manhã
10h - Chegança Artística com a Coletiva N’Kinpa
11h - Roda de Conversa com Salloma Salomão
12h30 - Vivência gastronômica
13h - Discotecagem com DJ Suissac
Local: S.R.B.E.E.S. - Sociedade Recreativa Beneficente Esportiva e Escola de Samba Lavapés Pirata Negro
Avenida Barro Branco, 770 - Vila do Encontro. ZS. São Paulo/SP. CEP: 04324-090.
Entrada gratuita. Livre. Duração: 4h.