Segundo a Quod, uma das principais empresas de inteligência de dados do Brasil e uma das gerenciadoras do banco de dados do Cadastro Positivo, a conclusão do compartilhamento do histórico de pagamentos de clientes das operadoras de telecomunicações com os birôs de crédito pode proporcionar crédito mais barato a milhões de brasileiros.

De acordo com dados anunciados hoje pela Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC) referentes às assinaturas de serviços pós-pagos de telefonia celular e fixa, banda larga e TV por assinatura, as informações enviadas pelas empresas Algar, Claro, Oi, Sercomtel, Sky, Tim e Vivo totalizaram 100 milhões de registros de pessoas físicas e jurídicas no banco de dados do Cadastro Positivo.

A operação vai permitir que o mercado de crédito considere mais de 11 milhões de consumidores e empresas desbancarizados em suas operações. Ausentes nos dados enviados anteriormente pelas instituições financeiras, responsáveis pela primeira onda de compartilhamento de informações com os birôs, cerca de 10,3 milhões de pessoas físicas e mais de 763 mil pessoas jurídicas passaram a ter visibilidade devido ao Cadastro Positivo.

“O estabelecimento de uma nota de crédito [escore] para cada consumidor, definida de acordo com o pagamento de suas operações de crédito, de serviços continuados como de luz, água e telefone, por exemplo, torna, sem dúvida, a análise de crédito mais inclusiva e justa”, destaca Ricardo Cervellini Thomaziello, Chief Data Officer da Quod.

Segundo o executivo, à medida que o Cadastro Positivo incorpora os dados de outros setores, os birôs têm condições de definir um um escore com mais acurácia, definido não apenas a partir de empréstimos bancários, financiamentos imobiliários e cartão de crédito, mas também do pagamento de outras obrigações mensais.