Pesquisa analisa oferta e acesso de recursos financeiros para os negócios de impacto socioambiental no Brasil

| Conduzido pela Pipe.Labo, o Mapa de Negócios de Impacto
Socioambiental – pesquisa quantitativa referência no ecossistema – analisa, entre outros aspectos da jornada empreendedora, o acesso a recursos financeiros e não financeiros pelos empreendedores de impacto socioambiental no Brasil.
O levantamento conta com o apoio da ENIMPACTO – iniciativa do Ministério da Economia –, Aliança pelos Negócios de Impacto, Climate and Land Use Alliance, do Fundo Vale, Instituto Clima e Sociedade e Instituto Sabin.

São Paulo, 2021| O Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental revela que o volume de negócios mapeados, um total de 1.272, é maior do que a oferta de recursos e apoios disponíveis no ecossistema; metade da base levantada, ou seja, 636 empresas, ainda não acessou doações e investimentos e tampouco programas de aceleração e incubação. Embora haja uma alta demanda não atendida, o número de negócios que já acessaram doações e investimentos – quatro em cada 10 – é bastante expressivo para o universo de empreendedorismo e startups, uma particularidade do ecossistema de negócios de impacto que conta com ajuda de muitos institutos e muitas fundações sem fins lucrativos.

As coordenadoras do estudo – Mariana Fonseca e Lívia Hollerbach, fundadoras da Pipe.Labo – alertam para a importância de entender que os mecanismos de investimento mais formais (equity e dívida) ainda não são os mais alcançados pelos empreendedores, sendo doações e grants os recursos que estão respondendo, de forma mais ampla, a demanda do empreendedor por capital. Com base nos dados dos entrevistados que declaram acessar recursos financeiros de, em média, duas fontes diferentes, a pesquisa traçou um perfil desses empreendedores: tendem a estar nas capitais; o negócio está em etapas mais maduras da jornada; utilizam tecnologias inovadoras em sua solução; já foram acelerados pelo menos uma vez; já receberam premiações e reconhecimentos no Brasil ou no exterior; estão, atualmente, em rodadas de captação de recursos; têm implantadas ferramentas de governança e controles internos; acompanham o impacto que geram; e, alguns, já internacionalizaram suas operações.

Na análise dos que já acessaram programas de incubação e aceleração, o mesmo perfil permanece. Já a demanda não atendida se concentra em: empreendedores fora das capitais; negócios mais jovens liderados por mulheres – ainda em etapas de ideação sem um modelo claro de como podem vir a ser sustentáveis –; soluções que não utilizam tecnologias inovadoras; negócios que nunca captaram doações ou investimentos, tampouco premiações e reconhecimentos; negócios que ainda não apresentam ferramentas de governança; e soluções que ainda não acompanham seu impacto.

Segundo Mariana Fonseca, a demanda por capital permanece sendo de um valor “semente” e aumenta entre negócios com base tecnológica em etapas de piloto em diante. “Os empreendedores buscam mais recursos não reembolsáveis e, em segundo lugar, venda de equity da empresa. A análise das demandas dos empreendedores e da oferta que acessam mostra que o famoso paradoxo do ‘ovo e da galinha’ ainda marca a dinâmica do setor. O negócio não traciona ou ganha escala sem uma chancela – seja o acesso a um tipo de investimento ou recurso não reembolsável, o apoio de uma aceleração, incubação ou, ainda, um reconhecimento público”, afirma Mariana.

O Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental está disponível para acesso gratuito pelo www.mapa2021.pipelabo.com.


PRINCIPAIS CONCLUSÕES DO MAPEAMENTO


ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO & MODELOS
DE COMERCIALIZAÇÃO | A cada 10 negócios de impacto, oito permanecem entre os estágios de desenvolvimento da solução até a organização do negócio – especialmente na busca por um modelo que gera sustentabilidade financeira. A partir da fase de piloto, sete em cada 10 negócios já têm um modelo, mas somente a partir da etapa de tração é que metade dos negócios mapeados de fato passa a parar de pé. Os empreendedores mencionam, pelo menos, dois modelos de comercialização do produto ou serviço, sendo os principais a venda para outras empresas e para o consumidor final. Dos formatos de monetização, há um crescimento das plataformas Software as a Service (SAAS) e um considerável número de empreendedores, principalmente em fase de ideação, que tem a publicidade como foco (modelo esse que, porém, se mostra menos presente entre os em fase de tração e escala). Um ponto importante na análise do faturamento é que muitos negócios em fases de pré-escala e escala não revelaram essa informação, impossibilitando a análise geral da evolução do pipeline nos dois últimos anos. “A cultura do segredo, já conhecida no Brasil entre investidores e investidos, vai contra a necessidade do setor de estudar e evoluir por meio de números”, Mariana Fonseca, coordenadora do estudo e cofundadora da Pipe.Labo. Na análise do modelo de comercialização, entre os entrevistados, 48% atuam com B2B (business to business); 45%, com B2C (business to consumer); 39% com B2B2C (business to business to consumer); 19% com B2G (business to government); e 8% com C2C (consumer to consumer).

JORNADA EMPREENDEDORA | A pesquisa traz uma análise minuciosa que correlaciona o empreendedor, seu negócio e as demandas em cada etapa da jornada. “A proposta é gerar conhecimento aprofundado para orientar os novos empreendedores neste pipeline, mostrando os apoios que o ecossistema pode oferecer”, afirma Mariana, acrescentando que o mapeamento detalha fases como ideação (ideia, validação da ideia e protótipo); estruturação (piloto e MVP); crescimento (tração e pré-escala); e escala.

A terceira edição do Mapa revela que os negócios em fase de escala são majoritariamente liderados por homens e têm maior número de soluções nas verticais de Tecnologias Verdes, Educação e Finanças Sociais; e, estas se concentram no Sudeste e Sul do país. O uso de tecnologias patenteadas é também mais comum nesta etapa. As faixas de faturamento atingem os milhões na fase de escala, o impacto da solução passa a ser formalmente gerenciado; também é comunicado externamente, como parte da agenda dos investidores do negócio. A captação de recursos via equity e empréstimo continua relevante, pois a demanda nesta fase é grande e por valores mais altos. Os apoios não financeiros são buscados nesta fase, visando ajuda na expansão. Na Escala, os apoios específicos são demandados, inclusive, para uma expansão fora do Brasil. Os empreendedores, nesse momento, apontam o desafio de desenvolver melhor a cultura e a governança da empresa, uma vez que à medida que as operações se expandem, crescem os riscos e impactos do negócio nos seus ambientes externos e internos.

O levantamento mostra que entre os 1.272 negócios, 6% estão em fase de ideação; 7%, em validação da ideia; 11%, em protótipo; 9%, em piloto; 16%, em MVP; 27% estão em fase de organização do negócio; 13%, em tração; 7%, em pré-escala e 4%, em escala. Na análise de modelagem do negócio, 66% afirmaram que têm um modelo claro de como a empresa pode ser sustentável financeiramente; 19% apontaram que ainda não têm uma modelagem, mas estão estudando/desenhando; e 7% ainda não têm, mas possuem intenção de desenhar o modelo. Entre os entrevistados, apenas 20% já são sustentáveis financeiramente.

FATURAMENTO | Entre os entrevistados, 40% não tiveram faturamento em 2019; 29% faturaram até R$ 100 mil; 8%, de R$ 101 mil a R$ 500 mil; 3%, de R$ 501 mil a R$ 1 milhão; 3%, de R$ 1,1 milhão a R$ 2 milhões; 3%, mais de R$2,1 milhões; e 14% não declararam.

APOIOS PARA AVANÇAR | O Mapa revela que os apoios necessários para avançar na jornada de negócio não acompanham a necessidade do empreendedor. Segundo as coordenadoras da pesquisa, a maior parte busca recursos financeiros de menor volume e mais cedo na jornada e, também, apoios de aceleradoras e incubadoras, sem sucesso para mais da metade deles. Entre os negócios mapeados, 44% já acessaram doações ou investimentos, sendo: 69% oriundos de doações; 26%, de empréstimos: 19%, de participação (equity); 9%, de dívida conversível; e 23% não especificaram o mecanismo. Em média, esses empreendedores acessaram duas fontes diferentes: 38%, FFF (Family, Friends and Fools); 28%, de institutos/fundações; 21%, de incubadoras/aceleradoras; 20%, de empresas privadas e corporate venture; 17%, de instituições públicas, governo ou bancos multilaterais; 12%, de crowdfunding; 10%, de investidor-anjo; 12%, de sócio-investidor; 12%, de bancos comerciais privados; 9%, de bancos de fomento; 5%, de outros fundos e mecanismos de crédito de impacto; 3%, de Crowdequity-Crowdlending; 3%, de fundos de Venture Capital; e 1%, de fundos de Private Equity.

A pesquisa mostra que 51% dos empreendedores já buscaram ou estão buscando aceleradoras e incubadoras de sucesso; 15% já foram acelerados mais de uma vez; 25%, uma única vez; 7% não estão em busca e não têm intenção. Sobre premiações, 34% já conquistaram algum prêmio ou destaque em competição no Brasil ou no exterior. Entre outros pedidos de ajuda: dinheiro (44%); mentoria (24%); comunicação (21%); parcerias e networking (19%); time (13%); vendas (11%); investidor (11%); infraestrutura & equipamentos (11%); plano de negócio (8%); processo e gestão (6%);
validação da solução (5%); assessoria jurídica (4%); aceleração (2%); governança (2%); estratégia (2%); tecnologia (2%); e internacionalização (1%).

CAPTAÇÃO DE RECURSOS | Entre os empreendedores que participaram do mapeamento, 49% dos negócios estão captando recursos. Desses, 36% buscam de R$ 101 mil a R$ 500 mil; 28% buscam até R$ 100 mil; 13%, mais de R$ 2,1 milhões; 12% buscam de R$ 501 mil a R$ 1 milhão; 8%, de R$ 1,1 milhão a R$ 2 milhões; e 3% não sabem o valor. Para 67%, o recurso buscado é oriundo de doações e recursos não reembolsáveis (grants e verba de fomento); 19%, de empréstimo; 19%, de dívida conversível em participação; e 32%, de equity.

DESAFIOS DO SETOR | O cenário de apoio aos negócios de impacto brasileiros possui uma alta demanda reprimida por aceleração e incubação – que se mantém entre a metade dos empreendedores de impacto mapeados pelo estudo. A oferta, no geral, é ainda limitada e muito concentrada no Sudeste, não respondendo à demanda crescente de novos negócios, atuando nas demais regiões do país e, principalmente, fora das capitais. Iniciativas de fortalecimento regionais, que reúnem organizações de apoio financeiro e não financeiro em uma única plataforma de apoio ao empreendedor com visão estruturante de longo prazo, têm tido êxito na descentralização deste tipo de oferta, além de conseguir customizar os programas para atender diferentes perfis e problemas de negócio.

A DÉCADA DA MUDANÇA | O ecossistema estourou a bolha do impacto, de acordo com dados comparativos do Mapa. Nos próximos 10 anos, a expectativa é que a convergência de mercados e o senso de urgência – sobretudo em apresentar os resultados da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU) – impulsionem um crescimento nas empresas e nos investidores, funcionando como um catalisador de recursos para os negócios de impacto socioambiental. Segundo Mariana Fonseca, uma das coordenadoras da pesquisa, uma tendência visível no mundo corporativo é o ativismo empresarial, algo que foi potencializado pela pandemia.

“Estamos vendo um número maior de empresas se mobilizando e se engajando para ajudar a resolver problemas relevantes da sociedade; são atuações pontuadas por uma postura ativa e efetiva. Propósito e impacto positivo passaram, nos últimos anos, a fazer parte do escopo de trabalho e das reuniões de gigantes nacionais e internacionais. De fato, o tema está ultrapassando as paredes de setores específicos de responsabilidade social, institutos e fundações, para chegar mais próximo às áreas e aos gestores mais ligados ao core business das marcas”, analisa Mariana Fonseca, acrescentando que a tendência é que esse ativismo empresarial impulsione uma maior participação das empresas no ecossistema de impacto de forma estruturada, programática e pragmática.

O BOOM DO ESG | O Mapa de Negócios de Impacto Socioambientais traz uma análise detalhada da chegada do movimento ESG (Environmental, Social, and Governance, sigla em inglês para ambiental, social e governança) no ecossistema nacional. Ainda que em menor escala no Brasil, os fundos registrados como Ações Sustentabilidade/Governança pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) dobraram de tamanho no país, chegando a 1 bilhão de reais, sendo 17 novos fundos. “Levantamento conduzido pela SITAWI em 2020, analisado pelo Mapa, mostrou que o Brasil firmou acordos de operações sustentáveis de crédito que alcançam um volume de US$ 5,3 bilhões, ou seja, mais que o dobro comparado a 2019, que foi de US$ 2,5 bilhões; em 2021, o volume chegará a US$ 5,5 bilhões. Essas operações incluem instrumentos financeiros diversos como debêntures, notas promissórias, empréstimos, global notes e CRAs, nacionais e internacionais, nas áreas de agropecuária, saneamento, energia, floresta, entre outras”, analisa Pedro Hércules, economista responsável pela pesquisa e análise de dados do Mapa 2021.

ASCENSÃO DO VENTURE PHILANTHROPY & A DEMOCRATIZAÇÃO DOS INVESTIMENTOS | Associado à inovação em filantropia, o Venture Philanthropy ganhou força globalmente nos últimos anos. De acordo com a European Venture Philanthropy Association (EVPA), essa é uma abordagem de alto engajamento e de longo prazo, que permite ao investidor de impacto apoiar uma organização de propósito social para ajudá-la a maximizar seu impacto social. Tradicionalmente, o investimento filantrópico no Brasil possui cunho assistencialista, com foco para correção de problemas e não para o combate de suas causas, principalmente na área de educação. Fundações e institutos normalmente têm linhas programáticas fixas, com editais anuais direcionados a financiar programas e organizações sociais que complementam a educação pública de crianças e jovens, principalmente de baixa renda, sem muita margem para inovação. O Mapa 2021 analisa as características dessa modalidade de investimento e como tem se consolidado na América Latina; avança, ainda, em análises sobre outros formatos que têm revelado um movimento de democratização dos investimentos, em especial, os mecanismos de crowdfunding.


METODOLOGIA | MAPA DE NEGÓCIOS DE IMPACTO SOCIOAMBIENTAL
Estudo conduzido para acompanhar a evolução do pipeline de negócios de impacto positivo no país e destinado a referenciar o retrato atual do setor, o Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental teve a primeira edição em 2017 e é atualizado a cada dois anos. A pesquisa é elaborada com uma chamada nacional para que empreendedores – que lideram negócios de impacto socioambiental – façam um cadastramento ou atualizem dados na plataforma da Pipe.Social; a coleta de dados do Mapa 2021 foi realizada de 1º de dezembro de 2020 a 15 de fevereiro de 2021.

Com o apoio de 62 organizações do ecossistema, a terceira edição do Mapa alcançou 1.300 cadastros on-line com dados autodeclarados por meio de um questionário de 60 perguntas. Para a análise dos dados e elaboração do relatório final, o levantamento contou com uma desk research sobre avanços do setor no Brasil e dados de investimento de impacto no globo, assim como sessões de análise com os patrocinadores e especialistas do campo. A infografia e os dados gerais têm como base 1.272 negócios de impacto operacionais – 28 negócios mapeados declararam fechamento de portas ou a não continuidade de suas operações em 2021. O Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental traz uma amostra não exaustiva do setor, ou seja, o empreendedor se autodefine e se reconhece como integrante desse pipeline. A margem de erro para a leitura dos dados é de 3,1 pontos percentuais; o nível de confiança é de 95% para leituras na amostra geral.

PIPE.LABO | A Pipe.Social foi fundada em 2016 por Lívia Hollerbach e Mariana Fonseca, empreendedoras com a visão de mapear e fomentar o pipeline de negócios de impacto socioambiental no Brasil. Hoje, a plataforma conta com quase 5 mil negócios de impacto cadastrados e monitorados quanto ao perfil de solução, modelo de negócio e operação, à visão e medição de impacto e aos apoios buscados na jornada. Ter informações e dados qualificados sobre o ecossistema levou a Pipe a desenvolver uma visão estratégica do mercado, entendendo oportunidades e desafios reais para organizações intermediárias do setor, investidores e empreendedores. Aliando essa visão à demanda de um setor em crescimento, carente de informações, traduções e transparência – e com dados confiáveis para se comparar com ecossistemas da América Latina e dos demais países –, nasceu a Pipe.Labo, o maior centro de estudos e conhecimento aplicado sobre o mercado de impacto no Brasil. www.pipelabo.com


PATROCÍNIO | A edição 2021 do Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental é apoiada pela ENIMPACTO, Aliança pelos Negócios de Impacto, Climate and Land Use Alliance, pelo Fundo Vale, Instituto Clima e Sociedade e Instituto Sabin.

PARCEIROS | A Banca, ANDE, Anjos do Brasil, Antera GR, ARCA, Bemtevi, Bossanova, BTG, CEATS/USP, CERTI, Choice, Civi-co, Climate Ventures, Conexsus, Din4mo, Instituto Ekloos, Enactus, Founder Institute, GIFE, HUB55, Hype 50+, ICE, IDESAM, Impact Hub Brasília, Impact Hub Curitiba, Impact Hub São Paulo, Impacta Nordeste, Impactix, In3citi, Instituto Iguá, Instituto Vedacit, Instituto Votorantim, Kaleydos, Lab de Inovação Financeira, Liga Ventures, Machado Meyer advogados, NESsT, Palladium, Parsifal21, Península, Ponte A Ponte, Positive Ventures, PPA, Profile, Quintessa, Grupo Rede+, Rede Mulher Empreendedora, Rise Ventures, Sebrae, Sistema B, Sitawi, Synthase Ventures, Trê Investimentos, VOX Capital, Wylinka e Yunus Negócios Sociais.


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Tipo: Pauta  Data Publicação: 14/06/21
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