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Depois do topo do Everest, Aretha Duarte inicia nova escalada rumo ao maior desafio de sua vida
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Aretha em coletiva (Rosita Belinky/PowerBloc)
Aretha em coletiva (Rosita Belinky/PowerBloc)

Aretha Duarte chegou ao topo do mundo e voltou para casa disposta a encarar novos e maiores desafios. Primeira mulher negra latino-americana a chegar ao cume do Everest, a montanhista concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (4), no ginásio de escalada PowerBloc, em Campinas, sua cidade natal, onde falou sobre a experiência na montanha mais alta do planeta e os novos projetos como ativista socioambiental. Na agenda para os próximos meses, um documentário, um livro, a construção de uma parede de escalada na periferia e liderar a criação de um centro comunitário de reciclagem.

“Chegar ao cume do Everest nunca foi o meu sonho grande. Foi um importante passo, mas meu sonho grande é colaborar com uma transformação social e ambiental nas periferias. Espero que meu exemplo ajude a agregar pessoas, entidades e patrocinadores para levantar recursos a fim de levar qualidade de vida às pessoas de baixa renda. Por exemplo, já estamos com processo de coleta, especialmente resíduos de metais, para construir pelo menos um muro de escalada comunitário na periferia de Campinas. E quero ajudar a levar cultura, cursos, ou seja, educação, oportunidades e levantar um centro comunitários para trabalhar com reciclagem, juntamente oportunidades de cultura, lazer e esporte”, afirmou Aretha.

Foi justamente por meio da reciclagem que Aretha arrecadou parte da verba para concretizar a expedição Everest. O projeto começou em março de 2020 e arrecadou mais de 130 toneladas de resíduos destinados à reciclagem, responsáveis por 40% do valor necessário para cobrir os custos, estimados em cerca de R$ 400 mil. “Agradeço a todos, desde quem apoiou com uma latinha, quem torceu, quem orou, aos patrocinadores. Agora vamos dar o próximo passo, juntos, rumo a um futuro melhor. E o futuro começa pelas crianças. Quero que meninos de periferia não sejam atraídos pelo crime como única oportunidade de melhorar de vida, mas que tenham esporte, cultura e educação para que tenham orgulho de onde vivem e se tornem verdadeiros cidadãos”, afirmou a montanhista, sem esconder às lágrimas e a emoção.

Aretha recebeu um pequeno grupo de jornalistas no ginásio de escalada PowerBloc. A pedido da montanhista, eram todas mulheres, porém, a entrevista foi transmitida ao vivo nos canais da montanhista no youtube e instagram. Um gesto para reforçar não apenas o fato de ser a primeira negra latina a chegar ao topo do mundo, mas também porque ela é apenas a sexta mulher brasileira a realizar a façanha. “A montanha ainda é um ambiente predominantemente masculino, por isso é importante reforçar que nós, mulheres, temos capacidade e força para superar qualquer obstáculo”, atesta Aretha.

A entrevista ocorreu menos de 24 horas após Aretha chegar ao Brasil. Ela desembarcou no aeroporto de Cumbica na tarde de quinta-feira (3), onde foi recebida por familiares e amigos, com direito a homenagens e ao transporte no “Gorilão”, ônibus oficial do time da Ponte Preta, para trazê-la de volta para casa. Pontepretana, a montanhista também recebeu uma camiseta personalizada do clube.

Final emocionante - Sobre os desafios para chegar ao topo do Everest, Aretha se emocionou ao relembrar o ataque ao cume. Seu sherpa (guia local) demonstrava extremo cansaço e parecia não ter condições de chegar até o fim, quando uma conexão, que ela classifica como espiritual, ocorreu. “Nós deixamos o acampamento às 23h30 e estava muito frio. Ele esfregava as mãos e as pernas demonstrando estar sofrendo. E isso não significa que ele estivesse sem agasalho ou fosse mais fraco que eu. Pelo contrário. É muito mais forte. Porém, estava esgotado após o esforço dos últimos dias, já que são os sherpas que montam os acampamentos e garantem a estrutura. Ele chegou a me dizer que deveríamos voltar e eu pedi para seguir em frente sozinha. Ele não disse nada e continuou. Então, pensei: “que porcaria eu fiz”. Não queria realizar minha conquista às custas do sofrimento de outra pessoa. Me aproximei e dei um tapinha nas suas costas. Quando ele se virou, eu retirei os óculos de proteção e a máscara de oxigênio para dizer que eu queria muito chegar ao cume e estava me sentindo forte, mas que, se ele não estava bem, eu voltaria. Nesse momento, ele enxugou minhas lágrimas, recolocou minha máscara e óculos. Não disse nada, apenas se virou e seguimos a caminhada. Incrivelmente, a partir desse momento, ele não deu mais sinais de sentir frio e seguimos até o cume. Foi uma ligação espiritual e uma grande realização”, contou Aretha.

Sobre Aretha - Nascida e criada na periferia de Campinas, Aretha é formada em educação física e acumula experiência de uma década no montanhismo e já praticou o esporte em sete países. Já escalou o Aconcágua, na Argentina (cinco vezes), o ponto mais alto fora do Himalaia, e o Monte Kilimanjaro, maior montanha da África, além Elbrus (Rússia), Monte Roraima (Venezuela), Pequeno Alpamayo (Bolívia), Vulcões (Equador), entre outros.

Aretha conheceu a modalidade na faculdade, aos 20 anos, quando um professor da PUC de Campinas, quis apresentar esportes outdoor para os alunos do curso de educação física e os levou até a Grade6, operadora de montanhismo. Lá ela entendeu mais sobre como funciona o esporte e se apaixonou. “Fiquei pensando: \'como nunca tinha ouvido falar neste tipo de esporte antes?\'\", contou.

Entusiasmada, Aretha tentou se aproximar da empresa, fazendo cursos de escalada em rocha. Trabalhou de modo eventual em eventos corporativos, para em 2011 ser efetivada. A empresa ia fazer a primeira expedição comercial ao Everest. Carlos Santalena e o Rodrigo Raineri, na ocasião sócios e guias da Grade6, levariam os clientes para a montanha e convidaram Aretha para fazer parte do quadro de funcionários. \"Daí em diante, comecei a praticar escalada, trekking e expedições. Em janeiro de 2012 fui pela primeira vez à alta montanha, no Aconcágua. Desde então, ao menos uma vez por ano realizo expedições no pico mais alto das Américas, na Argentina. Estive cinco vezes lá, quatro delas atingindo o cume de 6.962 metros\", finaliza.

Expedição Aretha no Everest - Para viabilizar o projeto Everest, orçado em quase 400 mil reais, a primeira saída encontrada por Aretha foi trabalhar com reciclagem, uma volta a atividade praticada na infância e adolescência. Sua atuação envolveu a família e foi tão intensa que, no final, quase 40% do valor da expedição veio da coleta seletiva. Nesse processo, iniciado em março de 2020, ela se consolidou como ativista ambiental e empreendedora social. Até agora, ela juntou mais de 130 toneladas de resíduos destinados à reciclagem, reuniu cerca de 600 brinquedos usados e higienizados distribuídos no Natal e mais de 1200 livros disponíveis para uma biblioteca comunitária. Ela também implantou a primeira parede de escalada comunitária em Campinas.

A atuação multifacetada de Aretha teve força não apenas para envolver a comunidade, mas também para aglutinar empresas, que se juntaram a expedição como patrocinadoras. São elas: Moove Brasil, Monte Bravo Investimentos, Agência 2defy, Brasil Spot, Horas a Fio Pelo Mundo, Dardak Jeans e North Face. A montanhista também conta com os seguintes apoiadores: Farmácia Saint Germain, Moda Pense Verde, Popais Nack, 365 Palestras, Grade 6 Expedições, Eg Idiomas Campinas, Soma Ação, Marmitas Doze, Jacky Lopes Personal, Renato Fioravante, Studio de Pilates Dani Sarmento, Amalia Novaes Nutri e Thiago Lacerda.

Editorias: Esportes  
Tipo: Pauta  Data Publicação:
Fonte do release
Empresa: ZDL Comunicação  
Contato: DORO JUNIOR  
Telefone: 011-3285-5911-

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