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Eduardo Leonel, técnico da equipe Fast Wheels, fala sobre inclusão por meio do esporte e adaptações em tempos de pandemia
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Luiz Fernando. | Foto: Reprodução/Facebook Tennis Analytics.
Luiz Fernando. | Foto: Reprodução/Facebook Tennis Analytics.

A Universidade do Esporte entrevistou Eduardo Leonel, técnico da Fast Wheels, equipe referência no paradesporto nacional. Eduardo já foi convocado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro para integrar a seleção brasileira nas provas de pista do Grand Prix do ParAtletics 2018, na Suíça. E fazem parte de sua equipe atletas como a maratonista Vanessa Cristina, eleita a melhor atleta paralímpica das Américas, em fevereiro.

É perceptível que, em sua filosofia, Eduardo traz muito a ideia do experienciar para incluir, isto se evidencia ainda mais quando observamos o exemplo da “Corrida FW Kids Inclusão ao Inverso”, promovida pela Fast Wheels, onde atletas com deficiência competem com crianças sem. Evento que lembra uma modalidade existente na UE, o Tênis Inclusivo, onde tenistas andantes formam duplas com cadeirantes para competir.

Todos tiveram que se reinventar para sobreviver a atual situação decorrente da pandemia, não foi diferente para a equipe de Eduardo. E, na busca por alternativas, em parceria com a Semes (Secretaria de Esportes de Santos), a Fast Wheels realizou o 1º Troféu Virtual FW Correndo Sobre Rodas, que contou com a participação de 12 países, incluindo o Brasil, onde disputaram 33 paratletas brasileiros e 16 estrangeiros, entre eles o americano Daniel Romanchuk, recordista mundial nas provas de 5.000 metros em pista.

Acompanhe a entrevista.

Percebi que na Fast Wheels vocês trabalham muito com o experienciar para incluir, como exemplo da “Corrida FW Kids Inclusão ao Inverso”. O que te leva a acreditar neste modo de inclusão?

R: Empatia. Quando nos colocamos no lugar do próximo entendemos melhor as diferenças, a ideia da metodologia da Inclusão ao Inverso, é que as pessoas experimentem as potencialidades dos PCDs, e que as dificuldades sejam vistas somente como uma necessidade de adaptação (acessibilidade). Quando fazemos isso em escolas o agente transformador é o Incluído, ele transforma sua classe que a partir daí passam a ser agentes transformadores também. O empoderamento da pessoa com deficiência com um grande protagonismo, transforma o ambiente em que ela vive.

Em uma entrevista ao programa “Só esportes”, você citou que a grande mídia só mostra o esporte paralímpico para fazer chorar ou quando lhe convém, de que forma você acha que este cenário pode ser transformado?

R: Que a mídia explore mais o lado atleta e com isso a deficiência seja secundária, não é esconder a deficiência, mas sim respeitar a identidade da pessoa para que ela possa ser reconhecida pelo que ela é, pois, ninguém pode ser identificado pelo que lhe aconteceu. Pessoas com deficiência tem nome, sobrenome, profissão, e não são “aquele cadeirante”, “aquele cego”, e etc. Vincular um atleta paralímpico a “superação” é diminuir os feitos deles como atleta. As pessoas com deficiência precisam de representatividade e a mídia tem a obrigação de apresentar estes casos de sucesso.

Quando se trata de diferenças e semelhanças, existe uma discussão bastante presente nos dias atuais. Enquanto algumas pessoas defendem a ideia de que todos são iguais, portanto devem ser tratados de forma igual, outros dizem o contrário, que todos são diferentes, por isso essas individualidades devem ser levadas em conta. O que você pensa sobre isso?

R: É muito complexo, alguns se aproveitam de limitações para obterem vantagens, mas são exceções. Temos que levar em consideração que igualdade é diferente de equidade, precisamos da equidade para que as pessoas tenham condições iguais. Hoje em dia as pessoas pensam em diretos e deveres de forma distorcida, tanto por quem aplica quanto por quem recebe. Penso que a palavra é equidade.

Como foi a experiência de promover o primeiro “Troféu Virtual FW Correndo Sobre Rodas”?

R: Fantástico, fizemos história. Reunir atletas de diversos países foi algo que mostrou para nós mesmos a nossa força e credibilidade. Fizemos o maior evento virtual paradesportivo do país, e um dos maiores do mundo.

Em quais outros aspectos a FW teve que se adaptar para sobreviver a situação atual?

R: Foi uma transformação completa, estamos com treinos e aulas virtuais e ainda com grupos de apoio psicológico aos familiares, alunos e atletas. Este ano é especial, pois completamos 15 anos de existência, por isso tínhamos diversos eventos programados, com a pandemia alguns foram cancelados, outros adaptados, como a Corrida Virtual.
Desde seu primeiro contato com o esporte adaptado, quais as principais diferenças que percebe daquele tempo para cá, em questão de inclusão e aderência?

R: Profissionalização, no começo haviam muitos voluntários e entusiastas no esporte para pessoas com deficiência. Ainda vivemos no submundo do esporte, mas o crescimento do Comitê Paralímpico Brasileiro trouxe mais profissionalismo e visualização ao esporte paralímpico, só penso que isso deve chegar aos clubes também, sinto que eles não cresceram na mesma medida, não podemos esquecer que é no clube que surgem os atletas.

Como você enxerga o cenário paralímpico, e a própria Fast Wheels, pós- pandemia?

R: Realmente é difícil enxergar como será o mundo pós-pandemia, o movimento paralímpico e a própria Fast Wheels vai sentir os reflexos deste triste momento, esperamos que os governantes não se esqueçam de nós, mas neste momento pedimos que haja um consenso com uma liderança firme e segura para que possamos passar com segurança por tudo isso.

Por Bianca Sousa

Editorias: Ciência e Tecnologia  Esportes  Terceiro Setor  
Tipo: Pauta  Data Publicação:
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Empresa: UE  
Contato: Universidade Livre do Esporte  
Telefone: 11--

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