Quando o assunto é educação financeira, muitos são as dúvidas e caminhos sobre investimentos, como fazer previdência corporativa, poupança, gastos, dívidas, entre tantos temas importantes.
E se muitos adultos se pegam perdidos em termos financeiros é justamente porque não foram incentivados e educados para as finanças desde a infância. É natural que em algum momento as crianças tenham curiosidade sobre dinheiro e é preciso dar ensinamentos que, certamente, serão muito úteis para toda a vida financeira.
Quando começar a falar de finanças para os filhos?
Muitos pais se assustam ao pensar sobre ensinar educação financeira, mas lembre-se que não é necessário ser um grande investidor ou profundo conhecedor deste mercado, o importante aqui é ensinar processos básicos e importantes para a vida financeira.
Se sua família está com problemas financeiros, vale a pena se organizar antes de transmitir informações, afinal, as crianças, inevitavelmente, aprendem pelo exemplo que encontram.
Não existe uma idade específica para começar a tratar sobre esse tema e, em determinado momento, as próprias crianças terão curiosidades e percepções sobre a necessidade do dinheiro para adquirir o que deseja.
Jardim de infância
Quando as crianças ainda são muito pequenas, não é necessário falar exatamente sobre dinheiro, mas dar alguns estímulos para elas podem ser importantes. Incentivar o uso do cofrinho, se possível em potes transparentes para que elas vejam o dinheiro crescer, é um ótimo primeiro passo.
Nesse primeiro momento da infância não se trata de mesada, mas sim pequenas entregas de moedas ou notas baixas para que ele entenda o conceito de guardar para trocar por algo que deseja, seja um doce ou um brinquedo.
Ensine as crianças que as coisas custam dinheiro e que nem sempre é possível ter tudo o que se deseja. Vale também brincar com os filhos e através de jogos ou dinâmicas lúdicas introduzir conceitos financeiros.
6 aos 13 anos de idade
A partir dos 6 anos, os filhos já têm entendimento sobre muitos assuntos, sabem mais de si e já tem uma relação mais próxima com o dinheiro. A partir daqui pode ser importante definir uma mesada, seja semanal ou mensal, para incentivar a administração do próprio orçamento.
É importante incentivar o cuidado com o dinheiro para o período e acompanhar os gastos para dar pequenos ensinamentos em relação a esse orçamento. Mostre a importância do registro dos gastos e incentive que os filhos anotem em cadernos tudo o que ele retirou de sua mesada.
Ensino seu filho a traçar metas. Se ele deseja um brinquedo diferenciado, uma compra no passeio da escola ou qualquer outro item, é preciso que ele poupe para isso. Ajude na definição de metas para que desde cedo eles entendam a necessidade do planejamento financeiro para a realização de seus objetivos.
No momento de planejamento é essencial também que eles entendam sobre o valor das escolhas, ou seja, quando comprar um item, possivelmente não terá dinheiro suficiente para outra. Essas decisões são importantes para pesar desejos e necessidades.
E, mais do que dar apenas mesadas, busque sistemas de comissões ou pagamentos. Combine atividades para seu filho, seja lavar a louça, arrumar o quarto ou tirar o lixo e dê valores para isso. Dessa forma, as crianças entendem que o dinheiro é ganho e precisa de um pouco de trabalho para se conquistar.
Adolescência
Na adolescência, os filhos conhecem o funcionamento do dinheiro e da relação com o trabalho. É natural que nessa fase eles queiram andar sozinhos, mas é essencial o acompanhamento para que, em breve, eles realmente caminhem individualmente na vida financeira.
Ensine sobre os perigos do cartão de crédito e endividamentos. É importante ressaltar que é preciso dar exemplos e falar sobre os malefícios das dívidas, mas não causar grandes medos sobre isso. A ideia é que o adolescente e futuro adulto tenha uma relação positiva com o crédito e não deixe de usar por medo.
E, mesmo que isso pareça difícil para os pais, deixem seus filhos cometerem erros para que eles entendam e reflitam sobre a importância do planejamento do dinheiro. É melhor que esses erros sejam cometidos enquanto os pais estão acompanhando do que na vida adulta, não é mesmo?
Não deixe que educação financeira e dinheiro seja um tabu dentro de sua família. É importante conversar sobre dinheiro de forma saudável para que os filhos cresçam entendendo sua forma de utilização e não tenham grandes “medos” desse assunto.
Como você fala de dinheiro com seus filhos? A educação financeira já é pensada em sua casa? Aproveite nossas dicas e comece com algumas ações!
Fonte: http://www.onze.com.br/blog/previdencia-privada-corporativa