Executivos aceitam salário menor em troca de
pacote mais completo de benefícios
Pesquisa da Michael revela que 30% consideram redução salarial ao negociar pacote de remuneração
Empresas que ainda precisam rever salários, por conta de efeitos não superados da crise, devem analisar de forma ampla o pacote de benefícios mais adequado para atrair e recrutar talentos. É o que revela novo levantamento da Michael Page, empresa líder mundial em recrutamento executivo de média e alta gerência, parte do PageGroup.
De acordo com a pesquisa, 30% dos executivos aceitam o salário menor em troca de um pacote de benefícios mais robusto, que inclua: pagamento de aluguel/casa, plano de saúde (alto padrão), seguro de vida, seguro odontológico e subsídios para bem-estar.
“O valor atribuído ao pacote de benefícios ganha força, sobretudo em tempos de ajuste econômico, porque assegura que o executivo continuará usufruindo de serviços importantes para a sua família, e para a própria rotina pessoal, respaldado pela estrutura da empresa. O salário líquido é o objetivo número um, por razões obvias, da maior parte das pessoas. Porém, aceitar ganhar menos, pensando em melhorar o leque de
benefícios corporativos, pode ser uma boa alternativa para a manutenção de serviços desejados, e ao mesmo tempo, continuar a progressão de carreira, em momentos mais delicados”, explica Ricardo Basaglia, diretor-executivo da Michael Page.
Quando o assunto é o benefício mais atraente para os executivos, fora o salário líquido, quase 24% respostas colocam o carro na liderança, superando opções tradicionalmente desejadas, como o 14º salário (22,57%), a participação em ações da própria empresa (14,60%) e até mesmo o pagamento de escola para os filhos (10.18%).
O levantamento também procurou entender questões importantes para o RH das empresas, como a expectativa dos executivos para aumento salarial e o percentual de bônus até o final de 2017.
“Executivos são movidos por desafios, superação de metas e pela inesgotável expectativa de crescimento, em todos os níveis. As empresas devem estar preparadas para negociar o formato mais adequado de reconhecimento, ou premiação, ao longo do ano. E mesmo em cenários de recuperação, líderes que atuam alta performance, naturalmente, esperam receber feedbacks sobre as recompensas, e isso é padrão em todos os mercados”, conclui Ricardo Basaglia.
Em relação a expectativa de bônus em 2017, os executivos se mostraram comedidos quanto à margem de ganhos, pois quase 40% acreditam que receberão valores parecidos ou iguais aos de 2016. Para 22,57% dos entrevistados, a margem de bônus pode chegar até 10% superior ao ano passado.
“Muitas empresas trabalham com o pacote de bônus desenhado para o executivo atingir metas individuais, que incidem diretamente nos resultados de cada um, até para estimular os profissionais a propor novos projetos e resolver pendências específicas. Portanto, quando o executivo percebe alguma alteração, por diversos motivos – incluindo o cenário econômico - nos números de sua performance, ele tende a ser mais conservador na projeção de ganhos”, finaliza o diretor-executivo da Michael Page, Ricardo Basaglia.
A pesquisa foi realizada entre janeiro e fevereiro deste ano, e entrevistou 226 de executivos do Brasil, integrantes da base relacionamento da Michael Page, que contempla 16 segmentos de mercado. Participaram do levantamento profissionais de cargos de média e alta gerência.
Sobre a Michael Page
A Michael Page é um dos maiores players mundiais em recrutamento especializado. Fundada na Inglaterra em 1976, é especializada em recrutar candidatos em middle e top management, em todo o mundo, sendo a consultoria de recrutamento líder e pioneira na América Latina. Atualmente possui mais de 5.400 colaboradores em 36 países.
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