O ambiente digital tem favorecido uma maior integração entre campanhas de fortalecimento de marca e de promoção de vendas, é o que aponta o Future Focus 2017, pesquisa internacional promovida pela iProspect, agência de marketing digital full performance presente em 54 países. Esse movimento está relacionado à demanda do consumidor por comodidade, ao surgimento de dispositivos em redes sociais e outras plataformas online que facilitam a incorporação de links de compra em textos, imagens e vídeos e a disseminação de um mind-set de performance, ou seja, de busca e mensuração de resultados palpáveis, mesmo em estratégias de branding.
“No meio digital as barreiras entre estratégia de marca e vendas estão caindo. É preciso integrar essas estratégias, até para atender o desejo do consumidor de extrema conveniência. O meio digital favorece isso e, em alguns casos, até com interfaces no meio off-line. Já temos casos bem sucedidos em alguns países e é uma das tendências que devem se consolidar este ano no Brasil também. A predominância dos smartphones como meio de comunicação principal dos consumidores também favorece essa tendência”, afirma Rodrigo Turra, presidente da iProspect no Brasil.
Novas soluções de mídia estão surgindo para permitir que marcas maximizem a sua comercialização por meio de formatos tradicionais de branding no meio digital. O Instagram anunciou recentemente alguns planos para tornar as imagens de sua plataforma habilitadas para vendas via shoppable tags (etiquetas de compra). Formatos de vídeo também estão se tornando cada vez mais compráveis. No início deste ano, o YouTube lançou anúncios de TrueView Shopping, permitindo que anunciantes mostrem seus produtos dentro de vídeos do YouTube. O Pinterest desenvolveu uma aplicação que permite comprar a partir de um clique na foto de um produto desejado. Já Facebook e Google estão desenvolvendo aplicações nesta linha também. A Amazon lançou recentemente o Spark, tipo de e-commerce em formato de rede social que se assemelha ao Instagram. No Brasil, começamos a ver empresas com vendas via Facebook (como o McDonald’s) ou via WhatsApp.
O Future Focus traz exemplos de empresas no exterior que adotaram estas estratégias e obtiveram bons resultados. Uma delas é a marca de moda Ted Baker, que lançou um vídeo que permite aos usuários clicar e comprar itens instantaneamente. O vídeo aumentou as vendas em 30% dos produtos mostrados. Baseada neste sucesso, no último trimestre de 2016, a marca lançou um vídeo interativo de três minutos dirigido por Guy Ritchie mostrando roupas de sua coleção de outono/inverno.
“A integração de mídias com links diretos para a compra gera comodidade e praticidade para o consumidor e isso faz com que a relação do mesmo com as marcas se fortaleça ainda mais. À medida que a economia digital acelera, as marcas que prosperarão serão as que aceitarem estes desafios, adaptando-se rapidamente e organizando-se para um futuro de sucesso. Estamos vivendo a era do comércio a qualquer hora e em qualquer lugar”, ressalta Turra.
De acordo com a eMarketer, até o fim de 2016, 43% da população mundial já terá realizado alguma compra online. Com um faturamento global em 2020 de até US$ 4 trilhões, o e-commerce continuará sendo um dos segmentos com crescimento mais rápido na economia digital. “Cada vez mais as marcas precisarão aprender a inspirar o consumidor e disponibilizar o produto ou serviço ao mesmo tempo, maximizando assim as vendas em ambientes externos”, ressalta Turra.
Promovido pela iProspect, o Future Focus é elaborado com base em pesquisas qualitativas e em entrevistas com grandes empresas de 120 países de todo o mundo, incluindo o Brasil, e visa apresenta algumas das principais tendências que nortearão o marketing digital e o mundo dos negócios em 2017.
A íntegra do estudo em português pode ser acessada no link: http://www.iprospect.com/pt/br/insights/whitepapers/future-focus-2017/#download