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Por Bruno Pellizzari*

Numismática é a ciência que tem por objeto de estudo as moedas, papel-moeda e medalhas, desde o seu aparecimento até os dias de hoje. Permite o estudo da economia, história das escritas, dos algarismos, da geografia, da mitologia, da fauna, da flora, da heráldica, das religiões, da política, da arte, das guerras, dos esportes, da astronomia, e muito mais. Numismata é a pessoa que estuda e coleciona moedas, cédulas e medalhas.

A moeda foi inventada no século VII a.C. pelos lídios, um povo que habitava uma região na Ásia Central, a atual Turquia. Nessa época surgiram as primeiras manifestações que se assemelhavam às moedas, da forma como as conhecemos. Inicialmente, utilizaram o elétron (uma mistura natural de ouro e prata encontrada nos rios da região) e, posteriormente, o ouro e prata já separados. Acredita-se que a utilização desses metais esteja ligada aos antigos costumes religiosos. Sacerdotes e estudiosos da astronomia acreditavam numa estreita ligação mágica entre o ouro e o Sol, e da prata e a Lua. Ressalta-se que moedas desse período foram encontradas por arqueólogos nas fundações do templo da deusa Ártemis, na antiga cidade de Éfeso, na Turquia.

As moedas eram feitas uma a uma por trabalhadores bem fortes. Primeiro, um pequeno disco de metal era aquecido e colocado entre uma base e um cunho (uma espécie de carimbo); após, recebia um forte impacto com a aplicação do desenho - formatos bem pequenos e arredondados com uma marca ou emblema identificavam o emissor ou seu reino em um dos lados. Logo, as moedas passaram a receber desenhos nos dois lados.

Por volta do século V a.C., a técnica de cunhagem atingiu o mais alto grau de perfeição. Os artistas gregos passaram a se superar e criaram as mais belas moedas de todos os tempos (se considerarmos que nessa época as lentes de aumento não haviam sido inventadas, podemos supor que os grandes mestres perdiam sua capacidade de visão rapidamente). Os artistas utilizavam diversas técnicas para desenvolverem as suas criações e uma delas era a de utilizar gotas d’água para ampliar precariamente a imagem do desenho.

A produção e utilização das moedas se processou de forma muito rápida e se espalhou por todos os povos que adotaram um padrão comum, facilitando de forma definitiva o comércio no mundo antigo. As primeiras oficinas monetárias foram instaladas próximas ou nas dependências dos templos. Logo, a moeda passou a ter uma função secundária: a propaganda – a maioria das moedas cunhadas propagava as virtudes dos seus governantes, suas produções, deuses, suas vitórias e suas virtudes.

No Brasil, as moedas trazidas pelos portugueses não tinham circulação efetiva, uma vez que o sistema usual era o escambo. Os índios forneciam o pau-brasil e alimentos, em troca recebiam dos estrangeiros ferramentas, utensílios e pequenos objetos de uso doméstico.

Por mais de duzentos anos circularam no território brasileiro moedas cunhadas em Portugal e as hispano-americanas, de prata, provenientes das colônias espanholas na América. Em 1694, D. Pedro II, rei de Portugal, criou, na Bahia, a primeira Casa da Moeda do Brasil. O dinheiro brasileiro denominava-se réis. Com a descoberta do ouro no século XVIII, a Casa da Moeda passou a funcionar em outras capitanias, como a do Rio de Janeiro e a das Minas Gerais.

Em 1808, D. João VI criou o Banco do Brasil: primeiro banco da América do Sul e o quarto do mundo. Em 1810, foram emitidos os primeiros bilhetes do Banco, precursores do papel-moeda atual. De 1942 para cá, nosso padrão monetário mudou várias vezes: cruzeiro (1942-1967), cruzeiro novo (1967-1970), cruzeiro (1970-1986), cruzado (1986-1989), cruzado novo (1989-1990), cruzeiro (1990-1993), cruzeiro real (1993-1994) e, finalmente, o real, a partir de 1994, até os dias atuais.

A numismática é uma ciência multidisciplinar que agrega e transmite informações de grande complexidade. Através das moedas, o mundo conheceu lendas e histórias muito interessantes como a fundação de Roma pelos gêmeos, Rômulo e Remo, amamentados por uma loba; o famoso rei gaulês que deu muito trabalho a Julio César, e que hoje se transformou no herói das histórias em quadrinhos, conhecido por Asterix; a imagem do rosto de Cleópatra; as Cruzadas; as Olímpiadas; a chegada do homem à Lua e muito mais.

*Bruno Henrique Miniuchi Pellizzari é estudante do 10º semestre de Direito do Centro Universitário FMU | FIAM-FAAM, especialista em Numismática e diretor-administrativo da Sociedade Numismática Brasileira, mais antiga entidade numismática do Brasil, fundada em 1924, além de ser a maior da América Latina. É membro desde 2014 e em 2017 tornou-se o mais novo diretor de toda a história da Sociedade, com 21 anos. Frequentemente realiza palestras sobre Numismática, além de publicar artigos.

Em 2013, com 17 anos, promoveu a primeira exposição de moedas e cédulas da sua coleção. Foi feita na escola que estava para se formar do ensino médio. Em 2014 ministrou a sua primeira palestra no XVIII Congresso Brasileiro de Numismática. Depois foi palestrante no XX e XXI Congresso Brasileiro de Numismática também. No XX, além de palestrante foi expositor, promovendo uma exposição de cédulas militares e de ocupação durante a Segunda Guerra Mundial, exposição essa relacionada ao tema que palestrou nesse Congresso, que foi “Influências da Segunda Guerra Mundial na Numismática”.

Além dos Congressos, foi um dos convidados para palestrar no Seminário Internacional “Numismática em Exposição: entre papéis e moedas”, promovido pelo Museu Histórico Nacional, localizado no Rio de Janeiro. Esse mês é um dos convidados da Casa da Moeda do Brasil para ser um dos palestrantes do Seminário “Colecionismo em Movimento”, a ser realizado no Rio de Janeiro, no Palacete da Casa da Moeda. Em novembro é um dos nomes que se apresentará no I Congresso Internacional de Numismática da Universidade de São Paulo (USP), no qual fará uma apresentação sobre a “Aplicação da Numismática na Educação Básica e Secundária”, abordando a interdisciplinaridade da ciência Numismática.

Tem três artigos publicados em revistas especializadas, sendo um publicado no ano de 2013, no boletim da Associação Virtual Brasileira de Numismática e dois publicados no “Boletim Numismático” da Sociedade Numismática Brasileira; um no ano de 2017 e um no ano de 2018. No ano de 2016 foi convidado pelo Dr. Oswaldo Martins Rodrigues Junior para fazer parte do projeto que ele estava desenvolvendo, que consistia em escrever um livro com biografias de numismatas da atualidade. O livro “Histórias dos colecionismos numismáticos: algumas histórias brasileiras” foi publicado em 2017, e contou com um capítulo dedicado a sua biografia numismática.

Editorias: Ciência e Tecnologia  
Tipo: Pauta  Data Publicação:
Fonte do release
Empresa: Talita Gomes Ferreira   
Contato: Talita Gomes  
Telefone: 11-3292-1806-00

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