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Especialistas afirmam que não há porque ser contra vacinação e explicam a importância da imunização na erradicação de doenças graves como o sarampo
Muitas pessoas não têm conhecimento, mas movimentos antivacinas existem e têm prejudicado a erradicação de doenças graves, como o sarampo. Estes movimentos são aderidos por pais que não acreditam que as vacinas são, de fato, necessárias. Os motivos variam entre crenças, medos ou luta contra a indústria da imunização. Na Europa, por exemplo, mais de oito mil pessoas contraíram sarampo nos últimos meses, uma doença que pode ser prevenida com vacinação e que, em muitas regiões, já estava erradicada. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), trinta e cinco desses doentes morreram, e grande parte dos casos, para as autoridades, cai na conta do movimento antivacina. No Brasil, o movimento existe e já é responsável pela leve queda na cobertura vacinal no País, o que preocupa médicos e especialistas.
Em redes sociais já existem pelo menos sete grupos brasileiros ativos que se posicionam contra vacinas, reunindo mais de 13 mil membros. E, embora não seja possível estabelecer uma relação direta de causa e efeito, nos últimos dois anos houve uma leve queda na cobertura vacinal de algumas das 14 imunizações destinadas a crianças no Calendário Nacional de Vacinação.
Para a médica infectologista e sócia da clínica Vacina Express, Dra Carolina Abrão, as pessoas que fazem parte deste tipo de movimento deveriam se informar melhor. “A vacina auxilia os mecanismos de defesa do nosso organismo contra agentes infecciosos. Ela pode ser composta por microrganismos inativados ou atenuados que, ao entrarem em contato com o sistema imunológico, estimulam sua reação, preparando-o para quando houver contato com um agente causador de doenças”, explica a médica.
A varíola, por exemplo, foi a primeira doença a ser erradicada graças a vacinação, isso há 241 anos. Atualmente, o brasileiro precisa tomar mais de 10 vacinas durante a infância para poder garantir imunidade à diversas doenças como poliomielite, hepatites, meningite, febre amarela e outras. “Os riscos de pessoas não vacinadas adoecerem não é apenas individual. A queda na cobertura vacinal pode causar problemas de saúde pública, então a consciência a favor da vacina deve existir”, conclui Carolina.