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Professor de São Paulo (SP) é um dos vencedores do 21º Prêmio Educador Nota 10, maior e mais importante prêmio da educação básica brasileira
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A 21ª edição do Prêmio Educador Nota 10 já tem seus vencedores. Entre os nomes escolhidos está o do representante São Paulo (SP), Professor Marcos Neves, do CIEJA Campo Limpo. O prêmio é de R$ 15 mil para o professor ou gestor e um vale-presente de R$ 1 mil para a escola onde o projeto foi desenvolvido. Além disso, os vencedores concorrem ainda ao prêmio de Educador do Ano, que será escolhido em cerimônia em São Paulo, em outubro.
Com o projeto “Maracatu: A desconstrução de preconceitos”, Marcos, professor de Educação Física, conquistou os jurados. Por sugestão de uma estudante, o professor resolveu se aprofundar sobre o Maracatu, e, com isso, precisou desconstruir algumas narrativas preconceituosas que emergiam dos próprios alunos. Aos poucos, com ajuda de discussões, pesquisas, vivências e trabalhos, os alunos conheceram o contexto social e histórico da escravidão e desta manifestação cultural folclórica afro-brasileira, ampliando os saberes. Como finalização do trabalho, tiveram que preparar coletivamente um cortejo para a abertura de um seminário étnico municipal.

Além de Marcos, outros nove educadores que desenvolveram experiências pedagógicas de destaque nas escolas em que trabalham foram escolhidos por uma comissão de especialistas entre os mais de 4 mil inscritos. Os selecionados são dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. O Educador Nota 10 é uma iniciativa do Grupo Abril em parceria com a Globo, organização da Fundação Victor Civita e da Fundação Roberto Marinho, com apoio da Associação Nova Escola e patrocínio da Fundação Lemann e Somos Educação.

Dos 10 projetos vencedores, seis são trabalhos realizados com alunos do Ensino Fundamental II, três com turmas do Ensino Fundamental I, e um com o Ensino Médio. Os segmentos Fundamental I e Fundamental II contemplam um projeto de EJA (Educação de Jovens e Adultos) cada. As disciplinas são variadas, indo de Educação Física a Matemática.

Conheça os demais vencedores:

Ana Cláudia Santos
Ensino Médio – Língua Portuguesa
O ser(tão) de cada um
EE Padre Paulo
Santo Antônio do Monte, MG

Guimarães Rosa é considerado por muitos um escritor que escreve “textos difíceis de ler”. Mas Ana Cláudia criou uma sequência didática para alunos de 3º ano do ensino médio que derruba essa crença. Ela não só despertou nos alunos o gosto por ler e interpretar os contos do autor mineiro, como também acompanhou a turma na descoberta do potencial transformador e humanizador que a literatura tem. Os jovens estudaram os aspectos estilísticos dos textos roseanos, criaram produções orais, refletiram sobre a relação entre a obra e a realidade e trabalharam com stop motion. O impacto do projeto fica evidente nas cartas que a turma foi desafiada a escrever para Guimarães, tal como o escritor Manuel Bandeira o fez.

Ana Paula Mello
Fundamental II – Geografia
O meu lugar: educação e memória de Niterói
Escola Municipal Levi Carneiro
Niterói, RJ

A professora conseguiu fortalecer a relação dos estudantes de 6º e 7º ano, por meio do trabalho de educação patrimonial, com os bens culturais e naturais de Niterói. Em um julgamento prévio, eles disseram que não havia nada a se conhecer no município. Percebendo que seus alunos, apesar de frequentarem a praia de Itaipu, nunca tinham notado a existência de sambaquis, desenvolveu uma sequência didática para contemplar essa situação geográfica e despertá-los para questões ambientais. Desenhos, registros de imagens, oficinas de Arqueologia e uma saída de campo ao Museu de Itaipu contribuíram para entender o valor do patrimônio, da paisagem e do lugar. Craque na escuta atenta dos alunos, transformou várias sugestões dadas por eles em atividades, como a montagem de uma horta no pátio da escola, e organizou visitas a outros espaços relevantes do município, como o Museu de Arte Contemporânea de Niterói e o Museu Janete Costa de Arte Popular.

Cristiane Dias
Fundamental II – Língua Estrangeira
We speak the same language
EEB Maria José Hulse Peixoto
Criciúma – SC

A professora dribla a ideia de que não se aprende inglês na escola pública. Ela aproveitou a presença de imigrantes ganeses e haitianos na cidade, que tentam se comunicar em inglês, para discutir os antepassados dos alunos do 9º ano e a situação de brasileiros que vão trabalhar em outros países. Com isso, mostrou a importância de ter uma língua em comum, trazendo para a aula conteúdos importantes para que as crianças pudessem conversar, pedir ou dar informações. Os alunos escreveram diálogos e gravaram suas produções em áudio e com ajuda de apps. Dessa forma, a professora trabalhou a língua estrangeira dentro das possibilidades dos jovens e sensibilizou-os para temas como empatia, respeito e diversidade.

Elenir Novaes
Fundamental I – Matemática
De cor e salteado
Escola Municipal Campos do Amaral
São Sebastião do Paraíso, MG

No início do ano letivo, Elenir achava difícil imaginar seus alunos do 3º ano resolvendo contas de cabeça. Eles não abriam mão da conta armada e se confundiam durante o processo de resolução. Além disso, mesmo alcançando resultados sem sentido, não percebiam seus erros: estavam presos a um fazer mecânico. Diante desse cenário, a professora resolveu trabalhar propriedades das operações e regularidades do sistema de numeração decimal, dando voz às crianças para que explicassem o que haviam pensado para alcançar o resultado. Elenir também trabalhou com a memorização de resultados. Dessa maneira, a turma passou a confiar mais nas próprias possibilidades de resolução. Agora, todos lançam mão de outras estratégias, como a decomposição e a sobrecontagem.

Ivonete Dezinho
Fundamental II – Matemática
De pai para filho – uma abordagem do ensino da matemática nas profissões
EMEF Professor Milton Dias Porto
Navirai, MS

A matemática está presente na vida cotidiana e os alunos do 8º ano começaram a se dar conta disso quando pesquisaram como essa ciência aparece no exercício de profissões de garçom, padeiro, astronauta, médico pediatra, arquiteto e chefe de cozinha. Até então, a disciplina era alvo de rejeição da turma. Orientados por Ivonete, os estudantes também conversaram com familiares sobre como eles lidam com números no dia a dia. Descobriram que seus pais e avós têm estratégias de cálculos próprias e interessantes e que unidades de medida, juros, porcentagem, orçamento doméstico, perímetro e área, dentre outros temas, são conhecimentos importantes e, mais do que isso, possíveis de serem aprendidos na escola.

José Marcos Couto Jr.
Fundamental II – História
As Caravanas: limites da visibilidade
Escola Municipal Áttila Nunes
Rio de Janeiro, RJ

A música As Caravanas, de Chico Buarque, fala sobre como moradores do subúrbio e de comunidades são vistos na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ao ouvir a letra, José Marcos a julgou perfeita para dar continuidade a um projeto sobre a questão da inserção do negro na sociedade e a ideia de invisibilidade social. O trabalho teve dois objetivos: ampliar o mundo dos alunos do 8º e 9º ano, levando-os a conhecer outros territórios e culturas, e contribuir para que desenvolvessem a escrita e a autoestima antes de ingressar no Ensino Médio. Canções de Chico, como Construção, Geni e o Zepelim, Ópera do Malandro, e de outros compositores geraram debates e produções textuais em que os estudantes criaram seguindo a mesma estrutura das letras das músicas estudadas. Também reescreveram a Lei Áurea imaginando como deveria ser a integração de ex-escravos. Saídas para o teatro e para o Centro Cultural Banco do Brasil levaram os jovens a espaços nunca antes visitados. Para valorizar seus textos de autoria, eles foram reunidos no livro Que sejam lidos, que sejam vistos.

Marinaldo Souza
Fundamental I – Língua Portuguesa
Produção Textual do Gênero Fábulas
Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Jupariquara
Barcarena, PA
Em uma escola ribeirinha a duas horas de barco da cidade de Barcarena, o professor Marinaldo planejou com muita consistência uma sequência de trabalho sobre fábulas para seus alunos de 4 a 11 anos de sua turma multisseriada. Ele valorizou a diversidade e lançou mão de estratégias fundamentais, como grupos produtivos, para garantir a participação de todos. Em uma variedade de situações apresentadas de forma cuidadosa a seu grupo o professor garantiu que todos se aproximassem do gênero estudado dentro de suas possibilidades, dando espaço para pensar sobre os animais das fábulas e os animais da região, por exemplo, mas também com situações de alfabetização de acordo com as hipóteses de escrita do grupo.
Mauro Rosa Jr.
Fundamental II/ EJA – Arte
Vagas de Luz: Às sombras do preconceito
EMEB Isidoro Battistin
São Bernardo do Campo, SP

A arte como linguagem só tem significado e ganha expressão se o assunto tratado faz sentido para quem a produz. O professor Mauro orientou sua turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA) a um mergulho por um tema desafiador e delicado: o preconceito. Os estudantes levantaram perguntas segundo suas vivências pessoais, retomadas ao longo do percurso. Depois de conversas e pesquisas com professores de diferentes disciplinas, a turma decidiu fazer uma representação dramática elaborando um teatro de sombras. O objetivo era colocar luz sobre questões ligadas ao racismo, machismo, homofobia e exclusão de presidiários e ex-presidiários. Organizados em grupos, pesquisaram imagens, textos e músicas com carga simbólica para compor as cenas e se dedicaram aos ensaios. O teatro de sombras, apresentado a estudantes e professores, estimulou a comunidade escolar a refletir e debater, além de empoderar os estudantes, que agora têm força para se colocar diante dos preconceitos que os atingem.

Mikael Miziescki
Fundamental II – Arte
Morro Grande em Arte
EMEF Prefeito Dário Crepaldi
Morro Grande, SC

Para que seus alunos – que vivem em um município com 3 mil habitantes e são filhos e filhas de agricultores – desconstruam os estereótipos que têm sobre a disciplina Artes, o educador os instiga e provoca. Eles estudam história da arte e a produção de artistas catarinenses e contemporâneos brasileiros e as vanguardas modernas; pesquisam e debatem; visitam exposições e escrevem sobre seus próprios trabalhos, o que os torna críticos e conscientes em relação a sua prática artística. O projeto é inovador, pois coloca em foco os espaços expositivos e a curadoria, que são tratados como conteúdo. Desde o início do ano os estudantes sabem que seus trabalhos serão expostos, então se engajam em pesquisas sobre arte e experimentam com técnicas e linguagens ao elaborar suas criações. Na última exposição Morro grande em Arte, organizada pelo docente e seus alunos no final de 2017, eles mostraram seus trabalhos ao lado de obras de artistas da região, levando mais de 700 pessoas ao evento, o único acontecimento cultural da cidade.

Editorias: Educação  
Tipo: Pauta  Data Publicação:
Fonte do release
Empresa: Linhas Comunicação  
Contato: Tayane Scott  
Telefone: 11-3465.5888-

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