Nesta quinta-feira, 21, a revista EXAME reuniu em Brasília grandes autoridades, especialistas, médicos e executivos da área da saúde. O EXAME Fórum Saúde, que teve como tema “Viver mais e melhor - Como ampliar o acesso a saúde e prolongar a vida dos brasileiros”, promoveu o debate sobre o setor sob diversos aspectos. O evento teve o patrocínio da Bristol-Myers Squibb, com apoio do Ministério da Saúde e apoio institucional da Interfarma.
Gaetano Crupi, presidente da BMS, abriu o evento falando sobre as pesquisas sobre o tratamento do câncer. “Hoje, podemos usar expressões como ‘probabilidade de cura’. Podemos falar na probabilidade de transformar o câncer em uma doença crônica. A BMS e outras empresas estão olhando para isso em termos de medicina de precisão”, disse.
Para o gerontólogo Alexandre Kalache, o envelhecimento da população brasileira é um desafio para a saúde pública. “Nós seremos um país tão velho como o país mais velho do mundo, o Japão. Esse é o futuro que nos espera em trinta anos. A diferença é que os países ricos enriqueceram antes de envelhecer”, afirmou.
Em outro painel, Pedro Bernardo, presidente da Interfarma, falou sobre as dificuldades para as pesquisas e inovações no país. “O setor farmacêutico é um dos setores mais regulados da economia. Existe um enorme número de órgãos que interferem no setor. Só para se fazer uma pesquisa clínica, é preciso autorização de dois órgãos. O resultado disso é que o tempo de uma pesquisa clínica no país acaba sendo superior ao de uma pesquisa no exterior”, explicou.
O EXAME Fórum Saúde contou ainda com a presença de Varley Dias Sousa (gerente geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa), Thiago Rodrigues Santos (diretor do Departamento do Complexo Industrial e Inovação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde), Leandro Fonseca (diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar), Adriano Caldas (presidente Johnson & Johnson Medical Devices), Denise Eloi (diretora-executiva do Instituto Coalizão Saúde) e Lídia Abdalla (presidente do Laboratório Sabin).