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Depois de tanto tempo de quarentena, as crianças estão sentindo os reflexos da pandemia e da ausência de atividades. Se antes a rotina era cheia de compromissos com aulas, tarefas, parques e brincadeiras com os amigos, agora os pequenos devem ficar em casa com os pais. No entanto, se até os adultos estão esgotados, ansiosos e preocupados com o futuro, as crianças começam a sentir todo esse esgotamento mental também.
Estresse na quarentena
As crianças podem ficar mais nervosas e impacientes, por isso, os pais precisam manter o controle. Os adultos estão se desdobrando para distrair os filhos e evitar sair de casa. Como garantir uma infância saudável nesse momento tão incerto? A pediatra do Hospital Santa Clara, Dra. Raíssa Ferreira Lelis, nos ajuda nessa questão.
Como amenizar a situação?
“É muito importante separar um momento do dia para brincar junto com os filhos. Ficar brincando o dia todo sozinho, em frente a uma tela de televisão ou computador, não é recomendado. Intercale brincadeiras: mais agitadas, dançantes, jogos de mesa, colorir, assistir um filme legal com a família, ajudar nas tarefas de casa. Enfim, integre a criança à nova rotina da casa”, explica a doutora.
Experimente fazer uma receita com a ajuda das crianças. “As crianças desenvolvem cognição, afeto e habilidades através do contato social. Por isso, a saúde mental delas merece um olhar ainda mais cuidadoso depois desses longos meses de quarentena. É normal sentir saudade dos amigos e professores, por isso, mesmo que os pais achem que a criança não está aprendendo muito com as aulas remotas, é importante não abandonar. Pois esse momento também serve para integração e relaxamento emocional das crianças”, afirma Dra. Raíssa..
Quando ficar alerta?
Lembre-se: a criança é o espelho do adulto. Se você tem achado seu filho irritado demais, nervoso e impaciente, comece a prestar mais atenção nas suas atitudes. Os adultos precisam estar bem psicologicamente para cuidar bem das crianças. “Quando a criança perde a vontade de brincar, tem problemas para dormir e se alimenta mal já o momento de conversar e analisar a necessidade de procurar ajuda. Sinta-se à vontade para falar sobre esses assuntos com o pediatra, afinal, esses problemas emocionais podem interferir no desenvolvimento do seu filho”, finaliza a pediatra.