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No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Prevenção Arterial, nada melhor do que se lembrar dos cuidados necessários com o excesso de sal na alimentação. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio de uma pesquisa da Vigitel em 2015, cerca de metade dos brasileiros (48,6%) considerou seu consumo diário de sal como \"médio”. Esses índices preocupam, já que o país estima que o brasileiro consuma cerca de 12 gramas de sal por dia, ou seja, o dobro do recomendado (abaixo de 6 gramas, o que é equivalentes a uma tampinha de caneta).
De acordo com o cardiologista do Hospital Santa Clara, Dr. Conrado Lelis, a principal doença relacionada ao abuso de sódio – substância que compõe o sal de cozinha – é a hipertensão. “O sódio em excesso aumenta a capacidade sanguínea de ‘puxar’ líquidos dos tecidos para o sangue. O organismo, numa tentativa de normalizar a falta de água nas células, aumenta a pressão arterial para tentar \'irrigar\' melhor os tecidos”, explica o médico.
Outros problemas comuns que podem surgir para quem consome muito sal são pedras nos rins e cálculo renal, agravo da osteoporose e retenção de líquido. Este último, segundo Lelis, “é um desequilíbrio entre a ingestão de sódio e sua excreção pelo organismo. O excesso pode ocasionar o inchaço (resultado da retenção), especialmente em quem tem alguma predisposição, como pessoas com problemas de tireoide, rim, coração e fígado”.
Ainda conforme o médico é necessário que os brasileiros criem o hábito de diminuir o uso de sal de cozinha em razão do alto consumo feito pela maioria da população. Além disso, é possível sim substituir o sal por outros produtos. “Uma das opções é o sal light, que é uma mistura entre cloreto de sódio e potássio. Outra sugestão é utilizar outros temperos mais saudáveis no preparo dos alimentos, como cebola, alho, salsinha, limão e coentro”, esclarece o cardiologista.