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Esperança marca a vida de abrigados em unidades de acolhimento da prefeitura de salvador
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O sono em segurança é hoje o principal benefício de que Nataline Conceição, 18 anos, lembra quando pensa no amparo que encontrou na Unidade de Acolhimento Institucional de Amaralina. A estrutura é um dos 12 abrigos mantidos pela Prefeitura de Salvador, capital da Bahia, por meio da Secretaria Municipal de Combate à Pobreza (Semps). Gestante, ela relata as dificuldades que enfrentou durante os dois meses que viveu na rua.

“Era horrível passar fome, frio, presenciar a violência de perto. Um dos momentos mais difíceis era a hora de dormir, porque meu esposo tinha que me vigiar enquanto eu dormia. Depois, era a minha vez de fazer o mesmo, por medo de que alguém nos queimasse ou nos atirasse pedra. Eu acordava com cãibra por dormir em papelão”, diz.

Além da segurança, o ex-morador de rua Rogério Silva Cruz, 45 anos, também elogia a atenção que recebeu dos funcionários da unidade de acolhimento. Ele e a esposa, que também está grávida, foram abordados por uma equipe da Semps em um viaduto, no bairro da Federação. Hoje, residem no local, até que conquistem autonomia para morar sozinhos. “Aqui eu sou bem tratado e agora consigo dormir em paz”, conta.

A assistente social Mariceia Silva explica que a Semps tem serviços de baixa, média e alta complexidade. A abordagem feita nas ruas e o posterior acolhimento das pessoas, por exemplo, são considerados serviços de média complexidade. “Depois de conversar com o grupo, verificamos a possibilidade de ele voltar para a família. Sabemos que nem sempre é viável, por causa dos conflitos internos e externos. Quando trazemos eles para cá, recebem todo o suporte, têm direito a cinco alimentações e recebem um quarto individual por família, por exemplo”, diz.

Estrutura – A Unidade de Acolhimento onde vivem Rogério e Nataline dispõe de salas de convivência, televisão, refeitório, biblioteca e salas para atendimento individual com psicólogos, pedagogos e assistentes sociais. Há 14 quartos no local com banheiro para as famílias.

Ao todo, a Prefeitura conta com 12 Unidades de Acolhimento Institucional – cinco próprias e cinco conveniadas – com capacidade total para 600 pessoas. Diante da demanda, todas as vagas estão ocupadas. Pessoas em situação de rua que querem ser abrigadas, aguardam em um dos três Centros Pop da Prefeitura até que consigam vaga em uma das Unidades de Acolhimento.

Além do acompanhamento com profissionais qualificados, quem reside no abrigo é direcionado às instituições para regularizar a situação com documentos, tratar da saúde e voltar a estudar, se tiver interesse. As atividades culturais e de lazer também fazem parte da vida dos moradores. Museu, cinema, praia e Jardim Zoológico fazem parte da programação.

Abordagens e perfil – De janeiro a abril desse ano, 2.869 abordagens foram realizadas e 1.136 pessoas foram cadastradas pelas equipes da Semps. Do total, foram 901 homens e 235 mulheres cadastrados. Ao todo, 1.006 pessoas têm entre 18 e 59 anos, 109 tem entre 0 e 17 anos, e 21 são idosos.

No ano passado, 6.228 abordagens foram realizadas pela Semps, resultando em 1.980 cadastros, dos quais foram ouvidos 1.547 homens e 433 mulheres. O Pelourinho e a Barra são os bairros que mais concentram os moradores de rua, por serem pontos turísticos de fácil acesso ao comércio informal. Há também ocupação de ruas na Sete Portas, Aquidabã, Piedade e Rio Vermelho. As atividades mais comuns, relatadas durante as abordagens, são as de reciclador e guardador de carro.

O último levantamento do Ministério do Desenvolvimento Social, realizado em 2008, indica que cerca de 3,2 mil pessoas vivem em situação de rua em Salvador. A diretora de Proteção Social e Especial da Semps, Juliana Portela, afirma que, a partir das abordagens e cadastros realizados pelo órgão, estima-se que esse número tenha aumentado para aproximadamente 6 mil pessoas.

Ainda de acordo com a gestora, por causa da crise econômica, a população de rua de Salvador tem se diversificado. Há muitos migrantes de pequenas cidades, famílias que não conseguem pagar o aluguel e manter a estrutura familiar, idosos abandonados e egressos do sistema carcerário.

Aproximadamente 70% dos moradores de rua fazem uso de substância psicoativa, como álcool, crack, maconha, cola e cocaína. Nesta última situação, os técnicos das áreas de pedagogia, serviço social e psicologia da Semps fazem o acompanhamento individual e oficinas terapêuticas nas unidades, além de encaminhar os indivíduos para atendimentos nos Centro de Atenção Psicossocial (Caps).


Editorias: Governo  Serviços  Recursos Humanos  Saúde  Terceiro Setor  
Tipo: Pauta  Data Publicação:
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