Arte no Dique lança série documental sobre participação de alunos nos carnavais de Salvador
Carnaval.

“Do Dique da Vila Gilda ao Pelô” contará quatro episódios exibidos entre 13 e 16 de fevereiro, sempre às 19h, nas redes sociais da ONG.

Com sua pedra fundamental lançada em 28 de novembro de 2002, o Instituto Arte no Dique, ONG localizada no Dique da Vila Gilda, em Santos, onde está a maior favela sobre palafitas do Brasil, teve desde início como seu carro-chefe a questão do tambor: herança da relação do presidente do instituto, o soteropolitano José Virgílio Leal de Figueiredo, com o Olodum, famoso grupo percussivo baiano reconhecido internacionalmente e do qual foi produtor.

Essa relação está presente intensamente na história do Arte no Dique: em seus primeiros, a Banda Querô, formada por ex-alunos das oficinas de percussão e música da instituição, fez cerca de dez shows no Carnaval de Salvador. “Essas apresentações foram fundamentais para o intercâmbio cultural e amadurecimento destes jovens, que se tornaram profissionais da música e levariam sua arte a vários países”, ressalta José Virgílio.

Agora, em tempos difíceis de pandemia e distanciamento social, sem a realização do carnaval, o Arte no Dique decidiu rememorar essa trajetória ao lançar a série documental “Do Dique da Vila Gilda ao Pelô”. “Pelô”, de Pelourinho, famoso reduto cultural e turístico da capital baiana. Serão quatro episódios, de dez minutos de duração cada um, que serão exibidos gratuitamente nas redes sociais do Arte no Dique, de 13 a 16 de fevereiro, sempre às 19h.

A obra tem direção do próprio Virgílio e Felipe Seguro, a partir de roteiro de Felipe e Marcos Vinicius e produção de Felipe, Marcos e Nice Gonçalvez. Nela, surgem imagens das apresentações da Banda Querô no Carnaval de Salvador, bem como são entrevistados personagens importantes desta história: a cantora Joh Correia, os jovens Gabriel Prado e Jorge Henrique, que atualmente atuam como músicos profissionais respectivamente na Itália e na França, colaboradores e alunos do Arte no Dique e moradores do Dique da Vila Gilda na época das apresentações e artistas e produtores culturais baianos, além de Ubiratan (Bira Afrosamba), ex-músico do Olodum, primeiro cantor e compositor da Banda Querô e Professor de Percussão.

“Se estivéssemos em situação de normalidade, faríamos um carnaval no Arte no Dique, pois sempre buscamos realizar ações culturais que envolvam a comunidade. Infelizmente, com a demora na vacinação, segue e necessidade em cuidarmos das pessoas, de preservamos o distanciamento social, mas não deixaremos passar em branco uma data tão importante na trajetória de tantos jovens. Daí surgiu a ideia do documentário: relembramos momentos inesquecíveis, que abriram muitas portas, e termos a noção de que precisamos superar a pandemia para voltarmos a nos encontrar”, ressalta Virgílio.

As apresentações musicais da Banda Querô no Carnaval de Salvador foram o início de vários intercâmbios culturais promovidos pelo Arte no Dique, que culminaram em viagens de alunos da instituição à Itália, nos últimos anos, onde puderam se apresentar e ter aulas do idioma e a cultura local, participar de workshops.



Serviço:
Série “Do Dique da Vila Gilda ao Pelo”
De 13 a 16 de fevereiro, sempre 19h
Exibição gratuita: www.youtube.com/artenodiquetv e www.facebook.com/artenodique



Mais sobre o Arte no Dique

28 de novembro de 2002. Nessa data foi lançada a pedra fundamental do Instituto Arte no Dique. Passados 18 anos, mais de 20 mil pessoas, em grande parte moradores do Dique da Vila Gilda, em Santos, frequentaram as oficinas da instituição, tiveram acesso à cultura e à arte. “Cultura como um todo”, como costuma dizer o presidente da ONG, José Virgílio Leal de Figueiredo, já que o Arte no Dique trabalha, com seus colaboradores, alunos, frequentadores, parceiros, a questão da cidadania. Desde a entrega semanal de leite para a comunidade, até as oficinas de percussão (que deram início ao projeto), violão, dança, informática, customização, as exibições de filmes seguidas de debates, shows. Artistas de renome como Moraes Moreira, Sergio Mamberti, Pepeu Gomes, Davi Moraes, Emicida, Fernandinho Beat BOX, Fabiana Coza, Jorge Mautner, Jair Oliveira, Walderez de Barros, Blaxtar, Armandinho Macedo, A Cor do Som (Dadi, Mú, Ari Dias, Armando e Gustavo), Wilson Simoninha, Jair Oliveira, Geraldo Azevedo, Hamilton de Holanda, Sandra de Sá , Moreno Veloso, José Gil, Charles Brow Jr., Gilmelândia, Luciano Calazans, Peu Meurray, Lecy Brandão, Nelson Jacobina, Mestre Marçal, Robertinho Silva, Ferrez, Alexandre de Maio, Luciano Quirino, Ondina Clais, Henrique Dantas, o paratleta Pauê, entre outros, já se apresentaram ou estiveram no espaço.

Diariamente, cerca de 600 pessoas participam do projeto, que tem a missão de oferecer oportunidade de transformação e desenvolvimento humano e social a crianças, adolescentes, jovens e adultos através da participação da comunidade em ações educativas, de geração de renda, meio ambiente e valorização da cultura popular da região. O trabalho sério, que gerou importantes resultados inclusivos, levou a instituição a tornar-se referência em inclusão social, no Brasil e no exterior, sendo convidada diversas vezes festivais e congressos e hoje integra o programa Scholas Ocurrentes, do Vaticano.

www.artenodique.com.br

Editorias: Cultura e Lazer  Educação  Terceiro Setor  
Tipo: Pauta  Data Publicação: 09/02/21
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